Um movimento de coragem e de mudança que culminou numa noite histórica
No dia 31 de janeiro de 2025, dei o passo mais importante da minha vida política: apresentei oficialmente a minha candidatura à Câmara Municipal de Guimarães pelo CHEGA. Foi um dia simbólico, mas também de enorme responsabilidade. Guimarães é a minha terra e entrar nesta corrida significava enfrentar décadas de domínio político quase absoluto, mas também dar voz a todos os vimaranenses esquecidos.
Desde esse dia, assumi que esta campanha não seria feita de promessas vagas nem palavras ocas. Continuaríamos a campanha de proximidade, contacto direto com as pessoas, iniciada em 2023. Passámos os primeiros meses a construir estrutura, ouvir cidadãos, preparar propostas e, sobretudo, a afirmar que o CHEGA chegara a Guimarães para ficar.
Ao longo de meses, percorremos todo o concelho — das freguesias mais centrais às mais afastadas. Fomos onde poucos políticos costumam ir. Falámos com comerciantes, jovens, agricultores, reformados. Ouvimos histórias de quem sente que Guimarães cresceu só para alguns. Essa escuta foi o alicerce da nossa motivação: devolver Guimarães aos vimaranenses.
Com essa motivação, propusemos, no nosso programa, uma mobilidade moderna, com mini-bus elétricos e uma nova circular externa; defendemos habitação acessível e diferenciadora para os jovens; lutámos por mais segurança, com videovigilância e reforço da autoridade local, e apresentámos uma visão cultural e económica que respeita o nosso património e que o transforma em motor de futuro.
O nosso lema — Guimarães ComVida — nasceu dessa vontade de renovar, reerguer a cidade, com transparência, energia e justiça social. Nunca nos escondemos atrás do discurso fácil. Fizemos uma campanha limpa, próxima, de verdade. E é isso que mais me orgulha.
O caminho não foi fácil. O partido teve de reafirmar a confiança na minha candidatura e fomos obrigados a reafirmar a liderança do partido no concelho, devido a boatos espalhados pela cidade. Começámos cedo, mas enfrentámos resistência. Fomos ignorados pelos meios de comunicação locais e sentimos o peso da máquina dos partidos tradicionais. Mas não recuámos, fomos ganhando o respeito de quem, mesmo não votando em nós, reconheceu o nosso empenho e coragem.
No dia das eleições, o resultado foi claro: elegemos um vereador na Câmara Municipal e seis deputados na Assembleia Municipal. Nas assembleias de freguesia, elegemos mais de 50% dos nossos candidatos. Obtivemos quase 10 mil votos e tornámo-nos a terceira força política do concelho. Para alguns foi surpresa; para nós foi o reconhecimento de um trabalho sério, honesto e coerente.
Olho para trás com orgulho. Em dois anos, conseguimos fazer o que muitos julgavam impossível: dar ao CHEGA uma presença sólida em Guimarães e possibilitar uma nova voz política no concelho. Não foi apenas uma vitória eleitoral — foi o início de um movimento de mudança, assente em valores, trabalho, compromisso e honra.
Agora, começa uma nova fase. Com a determinação com que percorri cada freguesia, comprometo-me a honrar cada voto recebido. Serei um vereador de proximidade, de ação e de palavra firme. Estarei sempre ao lado dos vimaranenses, a fiscalizar, a propor e a lutar por uma cidade mais justa, moderna e viva.
No dia 31 de janeiro, iniciámos um caminho. No dia das eleições, conquistámos o direito de continuar a percorrê-lo e assim faremos! O futuro de Guimarães não está nas mãos de quem promete, mas de quem faz. E é isso que queremos continuar a provar diariamente, ao serviço desta terra que tanto amamos.
Nuno Vaz Monteiro
Vereador eleito pelo CHEGA à Câmara Municipal de Guimarães
