Guimarães e a pandemia
Os últimos dois meses foram totalmente marcados por esta maldita pandemia. Uma crise sanitária que nos arrastou para uma crise económica.
A prioridade centra-se em tratar a saúde dos cidadãos e conter a propagação deste vírus que ainda não tem uma vacina que o debele.
O PSD de Guimarães defendeu, desde a primeira hora, que o espaço do combate político salutar em democracia devia dar lugar ao consenso generalizado em torno de uma estratégia eficaz de resposta a este problema.
Dissemos sempre que todas as medidas que a autarquia tomasse no sentido de apoiar os Vimaranenses no âmbito do COVID 19 teriam o nosso voto favorável. O estado de emergência e um enquadramento social e económico imprevisível assim o recomendavam.
Com responsabilidade quisemos também contribuir. Contribuir positivamente com propostas e sugestões no sentido de acrescentar ao que era já conhecido.
Foi neste espírito que sugerimos a atribuição de uma verba para as Juntas de Freguesias no âmbito da protecção civil, pois estes são os atores mais próximos dos cidadãos e aqueles que menos autonomia financeira dispõe.
Insistimos muito na realização dos testes nos lares do concelho. Na primeira reunião de câmara em estado de emergência dissemos que era fundamental acompanhar de perto a população que comporta maior risco, reiterando, nas reuniões seguintes, que atrasar os testes era adiar um problema e correr um risco desnecessário.
No âmbito económico apresentamos duas propostas. A activação de um Gabinete de Crise Intermunicipal para a Economia e a criação de um fundo de apoio ao comércio tradicional.
Não faz sentido Guimarães pensar as consequências económicas do COVID 19 isoladamente. Para isso existe também a Comunidade Intermunicipal do Ave que deve ser uma “calçadeira” dos municípios junto do Governo.
O comércio tradicional será dos sectores mais afectados por esta estagnação a que nos sujeita o isolamento social. Achamos que faz todo sentido haver um fundo de tesouraria para estes negócios arrancaram novamente.
Tal como faz todo sentido que os equipamentos informáticos para o ensino à distância fossem para todos os alunos do concelho e não apenas para o primeiro ciclo. Dissemos que a autarquia devia tratar todos por igual, criando a mesma resposta do primeiro ao 12º ano.
Estes são os nossos cinco contributos que pretendem alertar a autarquia para uma maior pro-actividade. Em tempos de emergência não dá para ver como vão correr as coisas.
Não podemos esperar que outros venham cumprir as suas competências, como aconteceu nos testes dos lares e no material informático para os alunos.
A seu tempo faremos o balanço do desempenho da Câmara Municipal perante esta pandemia, mas parece cada vez mais claro que houve muita reacção e pouca iniciativa.
Desejo que tudo fique bem.