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Avepark - cluster da investigação, internet das coisas e inteligência artificial

Ricardo Costa
Opinião \ quinta-feira, março 02, 2017
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Alguns duvidaram do futuro do Avepark. Outros sempre acreditaram e foram resilientes. Outros criticaram frequentemente até à exaustão sem que nunca, diga-se, apontassem caminhos alternativos.

O Mundo está a mudar a uma velocidade nunca antes imaginável. Cada vez mais aproximamo-nos de quem está longe e distanciamo-nos de quem está perto. As tecnologias de informação são as "culpadas" disso mesmo.

Quantas vezes nos deparamos a trocar Messengers com quem está do outro lado do Atlântico e quem está mesmo ao nosso lado nem por ela damos? Cada vez mais as relações interpessoais desaparecerão e as relações robôs-pessoas serão normais e acontecerão num futuro não muito distante. Os robôs deixarão de ser meros cumpridores de ordens para passarem a ser agentes interventivos e emocionais da nossa sociedade.

Assustados? Apreensivos? Admirados? Impossibilidade? Não. A artificialidade das relações esta aí e veio para durar. Isto já está acontecer por todo mundo. Estamos a ser invadidos e povoados por tecnologias que alterarão completamente o modelo de desenvolvimento económico a que estamos habituados e onde a qualidade e diferenciação não serão factores suficientes para sermos competitivos. Teremos que ser capazes de valorizar os nossos clusters, têxtil, calçado, metalomecânica, cutelarias, entre outros, levando até às empresas o conhecimento gerado nos centros de conhecimento e nomeadamente no AVEPARK. Teremos que ser capazes de responder aos desafios do futuro, sejam eles urbanos ou empresariais.

Urge a criação de um ambiente de inovação tecnológico, capaz de desenvolver, integrar e implementar soluções para ajudar os territórios a abordar os desafios com que nos iremos deparar numa lógica de inovação para o futuro e para os cidadãos. Tudo isto sem nunca nos aliarmos da nossa identidade territorial, económica, social e cultural. As sociedades em rede, criadas através das tecnologias de informação e comunicação serão fundamentais na estratégia do território, para que possamos afirmar, cada vez mais, a nossa atratividade e competitividade do nosso tecido empresarial.

Alguns duvidaram do futuro do Avepark. Outros sempre acreditaram e foram resilientes. Outros criticaram frequentemente até à exaustão sem que nunca, diga-se, apontassem caminhos alternativos. Hoje inequivocamente está provado que o Avepark, não sendo o remédio para todos os males, pode ser muito mais que um parque de ciência e tecnologia, mas sim um local onde a iniciativa e uma nova forma de pensar acrescentarão, com toda certeza, valor à nova economia digital que prospera e impõe novos desafios a tudo e a todos.

Seremos tão bem sucedidos quanto melhor formos capazes de aproveitar o conhecimento e a investigação produzida, quer seja no Avepark ou em qualquer outro centro de conhecimento, mas para que isso possa acontecer teremos que ser capazes de criar plataformas colaborativas em open-data e em interoperabilidade para que existam vasos comunicadores capazes de disponibilizar conhecimento e informação utilizável pelos diferentes agentes ativos.

Só assim venceremos os desafios do futuro.