A importância da satisfação para a professora e escritora
Os professores já se viram metidos em grandes alhadas, mas, esta teimosia governamental excedeu as expectativas. Nem com grande jogo de cintura se consegue dar a volta ao texto! A classe está a ser constantemente enxovalhada e a comunidade assiste, talvez um pouco mais empenhada do que antigamente da realidade que a atinge e muito mais do que pensa.
Frequentemente, há a tendência para esquecer que tudo funciona como uma grande cadeia, ou se quisermos, como uma linha de montagem. Se tudo encaixar milimetricamente, a máquina é montada sem problemas para mais tarde ser testada e entrar em funcionamento. Porém, se há alguma pequena coisa que emperre a engrenagem, o produto sairá com defeito, podendo nunca mais vir a funcionar na perfeição.
Os alunos são as máquinas que estão a ser montadas e a linha de montagem, atualmente, está cheia de brechas, de incongruências. Se os alunos são a preocupação primeira da educação, então temos de os ter em consideração quando se vertem leis às cabazadas cá para fora sem serem pensadas, refletidas e aceites por todos. A satisfação do trabalhador leva-o a trabalhar com mais garra, com mais vontade, com objetivos a mais longo prazo, ou seja, haverá mais produção, melhores produtos e, claro, clientes satisfeitos. Neste momento, os professores, uma peça basilar do sistema educativo, continuam a ser pressionados por todos os lados. Pedem-se-lhes respostas sem terem tempo para pensar e, pior ainda, promulgam-se leis que vão ter consequências diretas na sua vida a curto, médio e longo prazo e, indiretamente, se vão refletir na vida escolar dos jovens e na vida familiar dos portugueses.
É claro que me estou a referir à luta que está a ser travada com o ME, que mais poderia ser? Não é o tema mais escaldante da atualidade, com um primeiro ministro e um ministério cegos e surdos a toda a argumentação da classe?
Até quando as greves vão ter de continuar para que os professores, e agora também os pais, sejam ouvidos?
E agora dou a voz à escritora. Se puderem passem pela Feira do Livro no Porto, no Palácio de Cristal (ainda bem que recuperou o nome), mais precisamente pelo stand 21 da Trinta-por-uma-linha, onde vou estar no dia 2 de setembro, a partir das 15h, com as minhas obras infantojuvenis “Bruxas Bruxinhas” e “Os Segredos da Casa Abandonada”, serão muito bem recebidos. Às 18h, na Tertúlia dos escritores da Trinta-por-uma-linha, estarei com o meu romance “Vidas Sofridas”, que terá apresentação nas Taipas, no dia 29 de setembro. Disso falarei mais tarde.
Bom recomeço de aulas e boas leituras.