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Voleibol do CART renova-se com qualidade rumo a mais uma fase nacional
Num momento de treino em que se trabalha o contexto de jogo, com parciais em curso até aos 25 pontos, Rafaela Silva olha com atenção e faz o passe para mais um remate de uma colega de equipa. Ligada ao CART desde os 10 anos, a distribuidora sente-se “pressionada pela sua posição”, decisiva para a construção de qualquer ataque, mas também uma voz da experiência entre um plantel jovem.
“Sou muito antiga aqui. Sempre fui atleta do CART. Comecei há 15 anos. Tenho quase 26 anos. Já tive muitas companheiras de equipa, todas com personalidades diferentes. É incrível trabalhar com pessoas diferentes. Isso dá mais personalidade à equipa. Esta é incrível, como foram todas as outras”, diz ao Reflexo a voleibolista de 25 anos.
A sessão decorre numa altura em que a formação taipense já garantiu o segundo posto na Zona Norte B da 3.ª Divisão Nacional feminina, atrás do Voleibol Clube de Viana, e o consequente acesso à fase de subida à 2.ª Divisão Nacional, quando lhe resta defrontar a AD Esposende, às 17h00 de 08 de fevereiro, um sábado, em casa.
Apesar de não revalidar a vitória na fase regional, conquistada nas duas épocas anteriores, o CART está pronto para melhorar “um processo que tem sido bom”, sem obrigação de lutar pela subida à 2.ª Divisão Nacional. “Queremos melhor ainda na próxima fase. Vamos trabalhar para fazer o melhor. O objetivo é atingir o melhor lugar possível. O nosso sonho seria subir de divisão, mas não é obrigação”, assume a jogadora.
Entre a qualidade, o problema “é o número de atletas”
Assegurado o principal objetivo competitivo da época, o treinador João Paulo Pereira vincou que o plantel tem qualidade para competir “num contexto de exigência maior, com equipas com objetivos diferentes, que lutam mesmo para subir de divisão”, apesar da juventude, da relativa “falta de experiência” e até do reduzido número de atletas que compõe o plantel, o que dificulta alguns momentos de treino. “Nesta época, estamos a ter um problema, que é o número de atletas. Temos uma equipa com bastante qualidade individual e coletiva, boa em termos táticos, mas somos nove a 10 no treino, o que não nos permite um trabalho coletivo global. Fazemos um trabalho muito analítico, a tentar potenciar ao máximo as atletas”, sublinha.