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Vimágua: empréstimo "lesivo para o erário público". Oposição pede auditoria

Bruno José Ferreira
Política \ quarta-feira, abril 10, 2024
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Hugo Ribeiro lembrou empréstimo contraído 2009, que agora está a terminar, tendo a empresa “perdas de 6,6 milhões”. Pede auditoria, mas Bragança diz que a Vimágua é das empresas mais auditadas.

Hugo Ribeiro confrontou na passada segunda-feira, em reunião de câmara, o município quanto à gestão da Vimágua, levando ao executivo um “tema já recorrente” relativo a um empréstimo, na ordem dos 24 milhões de euros, contraído em 2009 pela empresa intermunicipal.

O vereador eleito pelo PSD “lamenta a forma como foi negociado” este financiamento, com recurso a contrato SWAP. “Foi feita uma consulta ao mercado, de dez bancos consultados só dois se mostraram disponíveis para financiar a Vimágua, 12 milhões cada um deles, para estender a sua rede”, explicou.

As entidades bancárias que acederam ao financiamento foram a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco Português de Investimento (BPI), sendo que o BPI “foi consultor deste negócio e concedeu parte do crédito”. O negócio, considera Hugo Ribeiro, “foi lesivo para a Vimágua e para o erário público”.

Este assunto veio novamente a reunião de câmara na medida em que os quinze anos de contrato deste empréstimo terminam em breve, concluindo o vereador da oposição que “no contrato SWAP que assinou com os dois bancos aceitou uma taxa de 3.83%”, o que, no seu entender, “a Vimágua apostou com o dinheiro dos munícipes”. “São 6,6 milhões de euros de perdas de Vimágua”, concluiu, questionando o município se está na disposição de fazer uma auditoria às contas da Vimágua.

Domingos Bragança escusou-se a responder, pedindo ao vereador que remetesse as questões ao presidente da câmara, para posteriormente as remeter aos serviços da empresa intermunicipal. “A Vimágua é que lhe vai responder”, disse, acrescentando que a Vimágua é das empresas mais auditadas, dados os requisitos legais para a sua operação.

Já no final da reunião, aos jornalistas o líder máximo do município lembrou que para realizar esta operação financeira a Vimágua “recorreu a estudos feitos por especialistas, que aconselharam a Vimágua”. “A Vimágua queria assegurar uma taxa de juro fixa, para não estar sujeita à variabilidade, foi feito por prudência, neste caso não deu bom resultado”, atirou.