Via do Avepark para libertar "avenida urbana" pela 101: o projeto da câmara
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães considera a Via do Avepark um projeto “fundamental para a ligação à zona norte do concelho e ao Parque de Ciência e Tecnologia”, referindo que o seu atraso é um entrave ao investimento e instalação de grandes empresas internacionais este local.
A ideia foi transmitida esta quinta-feira em reunião de câmara, quando questionado pela oposição por um tema que tem sido recorrente nas reuniões do executivo. A oferta existente nos parques industriais do concelho. Bruno Fernandes deu o exemplo em concreto da Petrotec, empresa sediada no Parque Industrial de Ponte, que terá uma unidade na Póvoa de Lanhoso. “Trata-se de um caso muito concreto que nos deve levar a refletir. Estando cá sediada, não encontrou no seu concelho instalações para dar sequência ao seu trabalho”, apontou o vereador social-democrata.
“Isto é dramático, a Petrotec é líder mundial no seu setor, vai expandir com um investimento de 4 milhões e criar 50 postos de trabalho. Temos de arranjar soluções, custa ver a Petrotec ir para a Póvoa de Lanhoso”, complementou Bruno Fernandes.
Também antes da ordem do dia, o vereador Ricardo Araújo questionou o município quanto à ligação ao norte do concelho, no que à mobilidade diz respeito, levando Domingos Bragança a referir, então, que que no a Via do Avepark é essencial, quer do ponto de vista da mobilidade, quer no que ao acesso ao Avepark e às zonas industriais envolventes diz respeito.
“Está a causar interrogação no investimento no Avepark”, disse Domingos Bragança, expondo depois a sua visão para a ligação entre a cidade e o norte do concelho: "Queremos fazer uma via urbana de ligação da cidade, Fermentões, Ponte e Taipas pela Nacional 101, com passeios, mobiliário urbano. Juntamente com isso terá o canal dedicado de mobilidade de transporte público, metrobus. Mas, só é possível com uma via, que eu chamo de variante ou circular ao norte do concelho, para libertar a 101”, disse Domingos Bragança, atirando que “não podemos cometer o mesmo erro que cometemos em Vizela, de não ligar a cidade através de uma via urbana às Taipas”.
Relativamente à Petrotec, Bragança disse estar a acompanhar a situação desta “empresa excecional”. “Tenho acompanhado, com o seu administrador, Nuno Cabral, e nos diversos planos de desenvolvimento colocou-se sempre a possibilidade de expansão. É uma empresa mundial, opera em todos os continentes. Posso dizer que há uma deslocalização da Petrotec junto ao Avepark, um terreno de grandes dimensões” complementou.
Ainda sobre mobilidade, Ricardo Araújo vincou a posição do PSD, destoando da posição da câmara relativamente à via do Avepark. “Defendemos, desde 2007, a criação de uma ligação urbana entre a cidade e as Taipas, que permita ter via dedicada de transporte público; faz todo o sentido. Defendemos a criação de uma saída da autoestrada em Brito, Sande, que sirva esta zona. A 101 é um dos eixos principais de fluxo de automóveis e pessoas no nosso concelho, tem de se resolver e a teimosia com a Via do Avepark está a atrasar este processo”, concluiu.