Versão final do Plano de Ação do Rio Ave já passou no executivo municipal
Foi um dos pontos da agenda de trabalhos da reunião de Câmara do dia 2 de abril e que, naturalmente, recolhe a unanimidade da vereação. O documento apresentado recorda que já se gastaram mais de 500 milhões de euros, nos últimos 40 anos, em termos de infraestruturas e medidas na melhoria da qualidade do rio Ave sendo fundamental que não se regrida em certas áreas e que se corrija, no essencial, o que neste momento prejudica uma trajetória de recuperação do principal curso de água concelhio, como é o caso das descargas criminosas que ainda vão acontecendo.
Este é um dos principais objetivos deste Plano de Ação, defender o rio Ave de descargas de efluentes, voluntárias ou involuntárias, numa lógica de defesa do ambiente e da sua sustentabilidade e biodiversidade. Um segundo grande objetivo passa por promover a garantia de captação de água para o concelho, sem colocar em causa a saúde pública e o bem-estar das populações.
Será a Agência Portuguesa do Ambiente do Norte (APA ARHNorte) a coordenar este Plano de Ação Rio Ave. Para melhor agilidade e definição de competências, o plano prevê a definição de três níveis de atuação para as dezanove entidades e grupos com responsabilidade direta ou interesses nesta questão (stakeholders).
Neste sentido, o plano de intervenção elenca um conjunto de ações concretas que ultrapassarão os limites concelhios que que passarão pelo mapeamento das situações mais problemáticas, verificação junto de todos as empresas, indústrias transformadoras e explorações agropecuárias das condições de licenciamento e de laboração e que impliquem a descarga de efluentes para o rio Ave, bem como o aumento das ações de vigilância e monitorização do rio Ave.
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, no final da reunião do executivo mostrou-se otimista com o Plano de Ação pois, como referiu, trata-se de um plano muito concreto, com medidas objetivas para se despoluir o rio Ave e outras linhas de água concelhia.
André Coelho Lima considerou que se trata de um plano da maior importância e relevância, independentemente das capitais verdes, concluindo que a recuperação das linhas de água e no caso concreto do Ave têm de ser vistas como uma matéria prioritária da intervenção municipal.