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João Ricardo esteve entre os melhores do trombone e sonha com orquestra

Tiago Dias
Cultura \ segunda-feira, setembro 25, 2023
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Intérprete da Banda Musical das Caldas das Taipas esteve na final de um concurso internacional de trombone em julho, nos EUA, e prepara-se para estudar em Lisboa. Ele gostaria de tocar no estrangeiro.

O dia 14 de julho de 2023 foi um dos mais memoráveis de João Ricardo Freitas enquanto trombonista. Ligado ao instrumento desde os seis anos, quando começou a frequentar o Conservatório Calouste Gulbenkian, em Braga, o músico atuou em Salt Like City, numa das finais do concurso da International Trombone Association (ITA) para jovens, com Beanie Hyunbin e Duarte Neiva, de Vieira do Minho.

Mesmo sem arrecadar o 1.º Prémio, João Ricardo Freitas orgulha-se da atuação realizada com a pianista Martha Locker. “A prova correu muito bem, fiquei muito orgulhoso do meu percurso, mas infelizmente não chegou para vencer”, diz ao Reflexo o músico de 18 anos. Membro da Banda Musical das Caldas das Taipas há cerca de cinco anos, o trombonista residente na freguesia da Costa chegou ao estado norte-americano de Utah, no oeste do país, em 13 de julho, e teve ainda tempo para conhecer Salt Lake City, para estudar e para participar em workshops até ao dia 15.

A experiência internacional deu-se numa altura em que João Ricardo Freitas deixa o Ensino Secundário para rumar à Escola Superior de Música de Lisboa. Trabalhar no estrangeiro é uma ambição, confessa. “Quero tirar a licenciatura aqui e explorar algo no estrangeiro, principalmente ser músico de orquestra. Gostaria de estar em qualquer uma na Alemanha ou na Suíça”, assume, reiterando a intenção de se manter na Banda de Caldas das Taipas enquanto estuda em Lisboa.

Um dos professores de João Ricardo é Zeferino Pinto, trombonista de 56 anos nascido nas Taipas, que integrou a banda filarmónica da vila termal entre os 12 e os 17 anos, juntamente com o pai e os irmãos. Ligado ao Conservatório de Braga há 25 anos, após passagens por Lisboa e Porto, o docente reitera que o concurso abre portas ao seu aluno.

“Só o facto de ser aprovado como uma final deu-lhe preparação e o contacto com os maiores trombonistas da atualidade”, vinca, reiterando que a vila banhada pelo Ave é origem de bons trombonistas, como João Martinho, Joaquim Oliveira, Liliana Oliveira e João Fausto.