Tomada de posse dos associados eleitos para a Assembleia-geral do CART
A nova Assembleia-geral passa a ser conduzida por Emanuel Luís Morais Antunes que foi eleito com 16 votos a favor e 2 abstenções. A seu lado, como 1.º secretário e 2.º secretário, foram eleitos os associados Hilário Manuel Castro Gomes e João Ricardo Lopes Gonçalves, respetivamente.
O novo presidente da Assembleia-geral, já no final da reunião eleitoral do CART, referiu que a sua candidatura se enquadrou numa tentativa de resolver a situação de “impasse” que o CART atravessava em termos diretivos e de promover uma “solução cooperante com os restantes órgãos sociais do clube”, para que o CART possa “desenvolver a sua atividade normal sem sobressaltos”. Emanuel Antunes considera que a atual direção tem feito um bom trabalho e espera que a nova Assembleia-geral contribua para que o CART continue a prestar um serviço de qualidade ao meio onde está inserido.
Por sua vez, o presidente da direção, instado a comentar a solução encontrada, referiu que, face às circunstâncias em que toda esta crise foi vivida, se encontrou uma solução que permitirá à direção continuar o seu trabalho e terminar o atual mandato sem mais sobressaltos. Lima Pereira fez questão ainda de frisar que, durante todo este período, o funcionamento normal das diversas modalidades do CART nunca esteve em causa: “Durante esta crise os atletas do CART nunca sentiram o problema que tivemos nos órgãos sociais. Tivemos o cuidado de manter em funcionamento todas as equipas afastadas desta problemática”.
Sobre a crise vivida, Lima Pereira acabaria por referir que se tratou de “um processo doloroso” para todas as pessoas envolvidas: “Estava a trabalhar com essas pessoas há 10 anos. Fizeram um trabalho, até à data, onde nada tinha a apontar, antes pelo contrário, só tinha a agradecer o trabalho que vinham a desenvolver”. O presidente da direção do CART frisou que agora o mais importante é continuar um trabalho que permita ao CART “manter o rumo que estava a seguir.”
António Joaquim Oliveira, presidente da Assembleia-geral cessante, mostrou o seu “desencanto”, “desilusão” e uma certa “revolta” por todo o processo que levaria ao seu pedido de demissão. Sendo o sócio número três e um dos que esteve presente na sua fundação, em dezembro de 1974, classificou todo este processo como “uma vergonha”, “uma injustiça” e “uma armadilha” que teria sido montada. Reservando-se para mais tarde desenvolver tudo aquilo que se passou, não deixou de dizer que aquilo que o atual presidente da direção fez “ao presidente da Assembleia-geral e aos restantes membros, não tem qualificação possível”. Rejeitou liminarmente qualquer envolvimento político na sua atuação durante este período, acrescentando que se “alguém meteu a política no CART não fui eu”, concluindo que sempre “defendeu os interesses do CART, como não poderia deixar de ser” e tudo o que se passou, “não teve razão de existir”.