Tarifário da Vimágua reaprovado pela vereação mas ainda com direito a discussão
Em causa estava o aumento de 2,98% referente à taxa de saneamento, aumento esse justificado pela Vimágua pelo aumento do custo do tratamento de águas residuais por parte da empresa Águas do Norte.
Esta segunda-feira o município, liderado por Domingos Bragança, apresentou um novo tarifário em que não se verifica esse aumento, sendo celebrado um contrato-programa entre a Câmara Municipal de Guimarães e a Vimágua, no valor de 270mil euros, para atenuar o aumento da despesa que a Vimágua terá no próximo ano.
A proposta levada a reunião de câmara esta segunda-feira foi aprovada por unanimidade, não deixando de gerar discussão. Adelina Pinto referiu que o aumento que estava em causa “tem a ver com o saneamento e não com água, nomeadamente o pagamento de saneamento às Águas do Norte e que seriam valores muito pequenos para a maior parte dos munícipes”.
Monteiro Castro disse ficar dececionado com esta argumentação, referindo que há capacidade para que este aumento não seja suportando pelos munícipes, especialmente nesta fase pandémica.
“A argumentação ouvida deixa-me dececionado, dá continuidade às que foram ouvidas nos últimos dias nesta matéria”, frisou, explicando depois aquilo que, no seu entender, devem ser os passos da Vimágua para melhorar o seu desempenho.
“Felicito o presidente da Câmara por ter tido o discernimento e a sabedoria para por em primeiro lugar as famílias vimaranenses, e por ter a coragem de deixar de lado interesses partidários. Reforço que a uma oposição consistente é essencial para a governação. Em relação à Vimágua tem dois passos essenciais para seguir: primeiro tem de tentar eliminar ou reduzir o volume de desperdício de água, que é muito alto; o segundo passo importante é por fim à situação que vem do passado que é a passagem das águas pluviais para as águas residuais. Resolvido isto, estes dois pontos, sobrarão uns milhões de euros”, assegurou.
Entretanto a CDU reagiu em comunicado a esta decisão, considerando-a acertada. Sem representação no executivo municipal, no referido comunicado a CDU refere que “é uma decisão acertada que vem dar razão à luta das populações que a CDU acompanhou e apoiou”, sustentando esta ideia com o facto de “as contas equilibradas da Vimágua permitirem a esta empresa acomodar este custo”.