Sofia de Freitas conquista vários títulos franceses e um mundial
No seu palmarés conta com vários títulos de França, europeus e mundiais nas diferentes variantes de dança, essencialmente em pares e grupo. Começou a dançar aos 3 anos, primeiro pelas danças clássicas e, aos 6 anos, enveredou pelas danças de salão, com o seu atual par, Anthony Marquez.
A 11 de Maio último, em Lyon, conquistou três títulos de França. Dois em pares (salsa e batchata) e um em grupo (batchata), resultado que lhes valeu o apuramento para o Campeonato da Europa que se realizará em Novembro, em Barcelona. Em competição, Sofia de Freitas representa as cores do seu país de adoção, o Mónaco e a Companhia RAMARK.
Quais as expectativas para o futuro? Pretendes fazer da dança profissão?
O meu objetivo principal é o de obter os melhores resultados possíveis para poder enriquecer o meu palmarés para que, mais tarde, possa vir a ter uma escola de dança. Mas, por enquanto, pretendo continuar os meus estudos.
Quantas horas por semana dedicas à dança?
Dedico, em média, 6 horas por semana à dança. Às vezes pode ser mais tempo, durante as férias e fins-de-semana, em véspera de competições.
Que resultados esperas alcançar no Campeonato da Europa, em Novembro?
O meu objetivo é obter um pódio no Campeonato da Europa. Será um resultado que me dará acesso ao Campeonato do Mundo, que se realizará na Colômbia. Aí chegada, tentarei ficar no top 5 mundial. Mas, desta vez, estou consciente que não vai ser fácil. Na Colombia, o nível será, certamente, mais elevado.
Estes resultados faziam parte dos teus horizontes? Alguma vez pensaste alcançar este patamar?
Não. Estes resultados só faziam parte dos meus sonhos. Para mim, obter resultados destes eram impossíveis e inacessíveis.
Já conquistaste títulos franceses, europeus e mundiais. Qual é a sensação dessas conquistas?
Todos estes títulos obtidos em 2018 (incluindo o Campeonato do Mundo) faziam, para mim, parte de uma aventura. Nem acreditava no que me estava a acontecer. Só nesta ultima competição do Campeonato de França 2019, é que tive realmente a noção da importância que este percurso poderá vir a ter na minha vida futura e na minha carreira profissional.
De todos os títulos conquistados, há algum que tenha tido mais significado para ti? Porquê?
O título de Campeã do Mundo é o mais importante do meu palmarés mas, o de Campeã de França em 2019 foi o mais significativo para mim. Só a partir desse momento comecei a tomar consciência da importância deste sucesso.
Como é que surgiu o gosto pela dança?
Como todas as meninas de 3 anos queria praticar dança. Os meus pais inscreveram-me em aulas de dança clássica. Aos 6 anos conheci uma nova modalidade que chegou à minha escola: a dança de pares. Experimentei, por curiosidade e por vontade de conhecer outros horizontes. Desde então, soube que este era o tipo de dança que me correspondia.
Sentes que estão reunidas condições ideais para fazer carreira na dança?
Tenho ainda que conquistar outros títulos para poder completar o meu currículo para, em seguida, fazer carreira na dança. Estou convicta que tenho as condições necessárias para poder fazer carreira neste meio.
Que tipo de apoios tens para a participação nas tuas provas?
A minha treinadora Marion Pontal, está sempre ao nosso lado para nos apoiar, encorajar e parabenizar. Ela é um exemplo para mim e é a melhor das motivações que posso ter.
Qual o papel dos teus pais/família, no teu percurso na dança?
Os meus pais e o meu irmão, acompanham-me sempre e dão-me grande apoio nas competições. A minha mãe ajuda-me muito antes de cada atuação. É ela quem se ocupa dos penteados, maquilhagem e vestuário. Esta colaboração da minha família é um motor para mim. Eles sempre fizeram muitos esforços por mim, para que chegasse a este patamar. Estou-lhes bastante grata por isso.
Nasceste no Mónaco mas, és portuguesa, país que só visitas em período de férias. Gostas de Portugal? E das Taipas?
Gosto muito de Portugal. É um país que tem muito significado para mim. Adoro visitar Portugal, não só porque o resto da minha família vive lá e é sempre com muito gosto que partilho bons momentos com eles mas, também, porque gosto do modo de vida portuguesa. As Caldas das Taipas é também um lugar a que me afeiçoei e fico cada vez mais feliz por lá passar parte das minhas férias. Porque não, mais tarde, ir viver para Portugal?!
Nota: publicado na edição de Junho do jornal Reflexo.