Ribeira da Canhota, Central de Autocarros e moloks discutidos na AF
A Assembleia de Freguesia reuniu em sessão extraordinária para apreciar as contas e relatório de atividades relativos a 2022 e a 1ª revisão orçamental de 2023.
Esta sessão serviu também para a Junta de Freguesia apresentar o projeto de Reabilitação da Ribeira da Canhota e o anteprojeto da Paragem Central de Autocarros.
Quantos aos moloks na Alameda Rosas Guimarães, Luís Soares está convencido que os vão tirar e colocá-los no sítio certo.
Ribeira da Canhota – Projeto de recuperação e integração paisagística
O projeto de recuperação e integração paisagística da Ribeira da Canhota foi apesentado aos membros da assembleia de freguesia pela Arquiteta Sara Terroso do Laboratório da Paisagem, entidade à qual a Junta de Freguesia encomendou o estudo e projeto.
Sara Terroso explicou que a proposta teve como objetivo global definir o traçado do percurso pedestre da Ribeira da Canhota respeitando princípios de sustentabilidade ecológica, socioeconómica e de integração paisagística; permitir a aproximação da população à linha de água, de modo a sensibilizar para a importância da sua preservação; programar a realização das empreitadas fora da época de reprodução da fauna mais sensível e preservar e recuperar as galerias ripícolas.
Já mais no detalhe, o projeto de recuperação e integração paisagística da Ribeira da Canhota, pretende criar pontos de interesse e paragem, ao longo do percurso, através de introdução de mobiliário urbano, promovendo a contemplação de fauna e flora locais; plantar árvores, arbustos e subarbustos; limitar as intervenções humanas, mantendo a diversidade de habitats existentes; escolher material adequado às áreas de intervenção; colocar pavimentos permeáveis de baixo impacto ambiental e selecionar técnicas sustentáveis que provoquem menor impacte ambiental.
O resultado deste projeto foi antecedido de toda uma metodologia desde a recolha de informação relativamente à Área de Estudo; Análise do corredor de intervenção e Elaboração de ficha de campo.
Deste trabalho de recolha de informação os responsáveis por este projetos identificaram alguns constrangimentos como percurso em terrenos agrícolas privados; a galeria ripícola inexistente; a poluição da linha de água e as margens ocupadas por vegetação invasora e infestante.
Mas também identificaram oportunidades de ligação ao Parque de Lazer das Taipas, ao Parque de Lazer da praia Seca e à Ecovia do Ave; ao património edificado nas margens do rio (Pontes, Noras, entre outros); ao centro da Vila das Taipas (Termas, Jardim Público, Igreja, entre outros) e por último a riqueza faunística (existência de várias espécies de aves, insetos, mamíferos, anfíbios e repteis).
Esta intervenção tem previstos três níveis de intervenção. Num primeiro nível haverá lugar à limpeza e desmatagem da vegetação invasora e infestante, bem como, plantações pontuais na galeria ripícola. Num segundo nível reparar o pavimento, efetuar o reperfilamento suave do terreno. Por último a pavimentação de trilhos pedonais e a estabilização das margens através de técnicas de engenharia natural.
Anteprojeto da Paragem Central de Autocarros
O presidente da Junta de Freguesia, apresentou à Assembleia de Freguesia o anteprojeto para a Paragem Central de Autocarros. Começou por vincar que se tratava de um anteprojeto sem certezas da sua concretização, dado as suas especificidades quanto às questões de segurança e limitações restritivas impostas pelas entidades competentes e decisórias, tendo em conta a localização do mesmo num traçado muito movimentado e com declive acentuado.
Do lado da rua da Taipas/ rua 19 de junho, anteprojeto prevê duas zonas de estacionamento de autocarros, um coberto para zona de estar e uma zona de estacionamento para automóveis a pensar nas pessoas que venham das freguesias circunvizinhas que queiram apanhar na vila os transportes públicos. Do outro lado da variante está prevista zona própria para paragem de autocarros. Luís Soares frisou que será vedada a circulação de autocarros nas ruas da Taipas e 19 de junho, não sendo possível o acesso dos autocarros à paragem central, por aquelas ruas.
O ex-presidente Constantino Veiga, fazendo valer a sua condição profissional de arquiteto, diz que em tempos estudou aquela localização e conclui que seria mais adequado criar lugares de estacionamento em espinha em toda a extensão do terreno disponível à direita no sentido Guimarães – Braga. Chamou ainda a atenção que a localização prevista no anteprojeto, junto a uma zona residencial já existente e que poderá crescer nos terrenos adjacentes, será uma fonte de poluição sonora, lembrando que os autocarros começam a transitar de madrugada podendo perturbar a população nas horas de descanso.
Moloks na Alameda Rosas Guimarães
A oposição fez algumas referências ao tema dos moloks na Alameda Rosas Guimarães, assunto que tem causado burburinho na população pela inadequação da sua localização, tendo em conta que se trata da entrada principal à Alameda Rosas Guimarães e de acesso ao Parque de Lazer. Em relação a esta situação, Luis Soares deu nota que a Junta de Freguesia privilegia a relação e comunicação institucional à resolução de diferendos na praça publica. Informou que há mais de ano e meio a Junta de Freguesia reportou aos responsáveis pelo projeto e à Câmara Municipal de Guimarães a inadequada localização de alguns equipamentos prevista no projeto. Lamentou o facto de não ter sido prestada a devida atenção na devida altura fazendo notar que em outras localizações da vila já tiveram de desenterrar e tapar buracos, trabalhos adicionais que podiam ter sido evitados. Quanto aos buracos e deposito de moloks colocados na Alameda Rosas Guimarães, Luís Soares está convencido que os vão tirar e colocá-los no sitio certo.