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Presidente diz que deveria ter sido o município a investir noPolidesportivo

Catarina Castro Abreu
Sociedade \ terça-feira, junho 26, 2018
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“A Taipas Termal realizou um investimento que, a meu ver, não devia ter sido realizado pela Taipas Termal, que foi o rinque desportivo”, disse Domingos Bragança.

“O rinque desportivo custou cerca de um milhão e 600 mil euros, e não é propriamente um atributo, uma responsabilidade da Taipas Termal, [e a obra] deveria ter sido realizado pela Câmara Municipal”, pontuou o presidente de Câmara à margem da última reunião de Câmara, na passada quinta-feira.

Para Domingos Bragança, o rinque - inaugurado no 24 de junho de 2017, num período pré-eleitoral – “não foi mau investimento, ele devia ter sido feito é com todo o apoio ou até pela iniciativa, embora tendo em conta a concessão ou entrega deste espaço à Taipas Termal, deveria ter sido assumido pela Câmara Municipal, porque o rinque desportivo é um rinque para a comunidade”.

Reconhecendo que o “rinque está muito bem” e que não podia “deixar aquela área sem o rinque desportivo”. “O rinque era um ativo que ao longo dos anos foi ficando muito estragado, portanto era preciso recuperar. Agora, quem o devia fazer… enfim, a Taipas Termal quis avançar, agora obviamente tem as dificuldades do esforço despendido”, disse, reforçando que espera este esforço financeiro da empresa municipal “não seja de continuar” e que “a própria Taipas Termal, dada a sua dinâmica, encontre soluções financeiras para o médio e longo prazo”.

Complexo termal precisa de hotel de excelência

O presidente de Câmara mencionou ainda a situação do hotel termal que ladeia os chamados Banhos Novos da Taipas Termal: “Não digo que não estejam a fazer o seu melhor, mas o hotel termal, que é privado, gostava que este cooperasse com a Taipas Termal e apresentassem eventualmente às entidades do turismo e da hotelaria, às entidades de saúde e nomeadamente à Câmara, um projeto de um hotel de excelência, porque tem todas as condições para isso, nesta área da Taipas Termal e da vila das Taipas”.

Apesar de dizer que o “hotel não é da responsabilidade da Câmara” e que o mesmo deve ser explorado por privados, o presidente da Câmara exortou os proprietários daquele hotel a “criar ali uma dinâmica, um contexto muito mais favorável a que as pessoas venham à vila das Taipas, se fixem ali na vila das Taipas para terem os cuidados de saúde termal”. Para isso, “podíamos trabalhar aquela envolvência com os fundos do turismo, os fundos comunitários, com apoio público no sentido de dizermos é fundamental para a vila termal das Taipas”.

Oposição reitera que complexo termal deveria ser gerido por privados

“Entendemos que efetivamente a Câmara devia fazer um contacto exploratório” para entregar a gestão das termas aos privados, argumentou, Monteiro de Castro, vereador da Coligação Juntos por Guimarães, para quem “não serve o exemplo da pensão Vilas ou da pensão do passado, em que a gestão era de mercearia e era aquele atraso de vida que todos nós tivemos ocasião de observar”.