Ponte | Assembleia de Freguesia reuniu a 30 de junho
A última sessão da Assembleia de Freguesia de Ponte, realizada no passado dia 30 de junho, iniciou com uma comunicação do respetivo Presidente da Assembleia, tendo-se retratado e feito um pedido de desculpas público ao membro Miguel Sousa em virtude de lhe ter retirado a palavra no final da sessão ordinária de 30 de abril depois de lhe haver concedido, tendo invocado não estarem reunidas as condições para um normal funcionamento da mesma Assembleia. Na sequência desta tomada de posição, Miguel Sousa, membro da Assembleia de Freguesia a quem havia sido retirada a palavra, elogiou a atitude demonstrada pelo Presidente da Assembleia de Freguesia na medida em que, do seu ponto de vista, o reconhecimento dos erros valoriza e enobrece o ser humano.
Ainda no período antes da ordem do dia, o membro eleito pela CDU apresentou, para aprovação, um Voto de Pesar pelo falecimento de António Martins, de 84 anos, natural e residente na freguesia de Prazins Santo Tirso, que não resistiu aos ferimentos contraídos na sequência de um acidente ocorrido quando assistia à Corrida de Cavalos levada a cabo pela Comissão de Festas de Nossa Senhora do Rosário. A Assembleia de Freguesia de Ponte deliberou, assim, por unanimidade, apresentar à família enlutada as mais sentidas condolências manifestando pesar pelo trágico acidente ocorrido na tarde do passado dia 10 de maio.
De seguida, foi igualmente presente pelo membro eleito pela CDU uma Moção relativa à Portaria 82/2014, de 10 de Abril publicada no domínio da reforma da Saúde que estabelece os critérios que permitem categorizar os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), considerando que a comunidade vimaranense deve manifestar preocupação e continuar a pugnar pelo crescimento do concelho, da cidade e do hospital, demonstrando incompreensão pela classificação atribuída ao Centro Hospitalar do Alto Ave que constitui uma afronta a uma região que é densamente povoada e com necessidades de prestação de cuidados de saúde, acrescentando, a propósito, que a classificação do Hospital de Braga é uma estratégia de valorização do serviço privado de saúde. A presente Moção foi aprovada por maioria com votos contra dos eleitos pelo Partido Socialista que justificaram o sentido de voto pelo facto de na última sessão ter sido já apresentada pelo seu Grupo Parlamentar e aprovada por unanimidade uma Moção de idêntico teor que posteriormente foi remetida às entidades competentes.
Seguindo-se o período para inscrições, usou da palavra Marina Salazar, eleita pelo PS, fazendo uma reflexão sobre os Movimentos Associativos nas freguesias, que considera de extrema importância para o seu desenvolvimento e para a sua vivacidade, referindo que todos deveriam ponderar o seu papel tendo em vista a continuidade e desenvolvimento das Associações. Disse, ainda, que, devido à conjuntura atual e, consequentemente, às dificuldades a nível pessoal de cada um, este é um momento de grande dificuldade para todas as Associações que, a par de dificuldades financeiras, vivem também com preocupações ao nível de recursos humanos.
Seguidamente, Ana Paula Caldas, eleita pelo PSD/CDS-PP, referiu-se à Loja Social de Ponte como uma resposta social e solidária que visa combater a pobreza e a exclusão social, promovendo a melhoria das condições de vida dos cidadãos em situação socialmente mais vulnerável. Referiu algumas ações levadas a cabo por esta estrutura que tem intervindo junto da comunidade, dinamizando um movimento de solidariedade coletiva que estimule a doação e recolha de bens e a sua redistribuição, ao mesmo tempo que pretende envolver os parceiros da Junta de Freguesia, de acordo com os princípios da subsidiariedade, articulação e participação que lhe estão subjacentes.
José Macedo, eleito pela CDU, abordou o resultado das últimas eleições europeias, tendo considerado que se tratou da maior derrota de sempre de uma política de direita que tem sido imposta aos portugueses pelos sucessivos Governos, referindo que, após uma recessão sem precedentes, a população está mais empobrecida tendo por consequência a emigração de jovens, o abandono infantil, o desemprego de longa duração e o encerramento de escolas, defendendo uma política patriótica e de esquerda em defesa do país.
Terminando o período antes da ordem do dia e tendo-lhe sido concedida a palavra, o Presidente da Junta de Freguesia disse concordar com o que havia dito Marina Salazar, acrescentando que a Junta de Freguesia de Ponte tem criado condições para que as Associações possam angariar verbas com vista a financiar as suas próprias atividades referindo, a propósito, a recente constituição do Grupo Folclórico de Ponte. Elogiou o trabalho que está a ser desenvolvido pelo Departamento de Ação Social da Junta de Freguesia de Ponte e que foi tratado por Ana Paula Caldas reconhecendo, contudo, que esta é uma área que carece de alguns ajustes. Terminou a sua intervenção concordando com o que havia sido dito por José Macedo, reconhecendo que o atual Governo tem tomado medidas penalizadoras para a maioria da população.
Iniciando-se o Período para Análise da Atividade da Junta de Freguesia, interveio Daniela Caldas, eleita pelo PSD/CDS-PP, que elencou um conjunto de ações levadas a cabo pelo atual executivo da Junta de Freguesia desde a sua tomada de posse, de entre os quais destacou: restauro de salas da antiga EB1 de Igreja; inauguração da Loja Social; distribuição de cabazes no período de Natal e Páscoa; promoção do Banco de Manuais Escolares, iluminações de Natal; apoio na organização da Festa em Honra de Nossa Senhora do Rosário; organização da Confraternização a S. Torcato; organização da Festas de S. João e I Feira das Associações; I Domingo Desportivo, Festa de Verão da Rádio Santiago; Boletim Informativo; promoção do novo sítio da Junta de Freguesia, restauração dos Tanques de Fonte Cova; transporte de idosos desde Campelos até à rotunda da EN 101 e 19.º Aniversário de Elevação de Ponte a Vila.
Por sua vez, José Macedo, eleito pela CDU, questionou sobre o ponto de situação relativamente a um conjunto de ações, designadamente: Lar de Idosos/Centro de Dia; Creche e Infantário; Centro Cívico; passagem pedonal na Ponte de Campelos; execução de saneamento e pavimentações; Feira das Velharias e Rock in Ponte.
Miguel Sousa, eleito pelo PS, interveio começando por sugerir ao executivo da Junta de Freguesia maior clareza na redação do Boletim Informativo nomeadamente na referência à entidade promotora das obras ou dos eventos que vão sendo levados a cabo na Vila de Ponte. De seguida, quis saber que passos foram dados em relação ao Lar de Idosos/Creche, questionando, igualmente, sobre o projeto de ampliação do Cemitério e requalificação do Centro Cívico, bem como sobre a construção de rotunda na EN 101 no entroncamento para o Parque Industrial.
Na reação às intervenções o Presidente da Junta de Freguesia afirmou já terem sido cumpridas muitas promessas do executivo, apontando como exemplos o Boletim informativo, a Festa de S. João, o Passeios de Idosos a realizar no próximo mês de julho e a Confraternização a S. Torcato. Sobre o alargamento do Cemitério disse que o estudo prévio encontra-se concluído estando o projeto de execução em fase de conclusão para ser apresentado à Câmara Municipal. Disse, ainda, estar em conversações com a Autarquia vimaranense relativamente ao projeto de alargamento da Rua Reitor Joaquim A. M. Ribeiro Torres, desde a Igreja e até à rotunda com a EN 101, porquanto discorda com alguns elementos arquitetónicos para os quais pensa existir alternativas. Deu conhecimento das diligências que tem levado a cabo tendo em vista a construção da rotunda na EN 101 no entroncamento para o Parque Industrial, manifestando esperança de que a sua execução se venha a verificar. Por último, disse estar a desenvolver esforços junto do Centro Regional de Segurança Social de Braga e da Câmara Municipal relativamente ao Lar de Idosos/Centro de Dia e Creche/Infantário.
Depois de apenas uma intervenção no período destinado à intervenção do Público, o Presidente da Assembleia de Freguesia encerrou a sessão, tendo manifestado agrado pelo bom andamento dos trabalhos e pela assunção do compromisso assumido pelas partes intervenientes de maior objetividade no tratamento dos assuntos, reduzindo, assim, o tempo de duração da Assembleia que foi manifestamente inferior ao da sessão de abril último.