Aos 130 anos, é hora de “olhar para dentro” e lembrar história do Pinheiral
Embora num outro lugar que não o de nascimento, a Escola do Pinheiral é a mais antiga de Caldas das Taipas e comemorou 130 anos, no domingo, 01 de outubro. A celebração da efeméride deu-se nesta segunda-feira, com a abertura de uma exposição de desenhos das crianças e o hastear da bandeira da escola perante os seus mais de 200 alunos, os professores e os funcionários.
“Noutros anos, já fizemos atividades a olhar à nossa volta, mas, neste ano, decidimos olhar mais para dentro e estudar a história da escola. Muita gente aqui não sabia onde ela começou. É importante termos o registo da história da escola: saber onde é que ela começou, por exemplo”, adiantou ao Reflexo o coordenador da Escola Básica do Pinheiral, Aquilino Ferreira.
A escola nasceu no edifício contíguo à rotunda do Pinheiral, hoje a Academia de Música Fernando Matos, tutelada pela Banda Musical de Caldas das Taipas. Gerações de professores e de alunos passaram por ali até, em 1985, a escola do Pinheiral reemergir no lugar em que hoje se encontra, na rua da Banda de Música. A sua configuração atual está em vigor há 10 anos, depois das obras que, entre 2011 e 2013, obrigaram o pessoal daquela escola a mudar-se para a Escola Secundária de Caldas das Taipas. “Estamos a fazer um registo escrito com a informação da escola. Em breve, estamos a pensar publicá-la”, acrescenta.
Coordenador do Pinheiral há seis anos. Aquilino Ferreira destaca as boas condições e a confiança da comunidade no trabalho ali desenvolvido; o facto de as 11 turmas do Pinheiral estarem completas, com um total de 238 alunos prova-o. “As turmas têm 20 ou 24 alunos, consoante se têm alunos com necessidades educativas especiais. Estão todas completas”, realça.
Convencido de que a escola está bem organizada, com mais de 20 professores, incluindo os de apoio, e 12 funcionários, Aquilino Ferreira reconhece que é impossível receber mais alunos. A procura é tal que há crianças residentes nas imediações a frequentarem outras escolas do agrupamento. “Temos crianças que moram muito perto da escola, mas têm de ir para freguesias vizinhas, porque aqui não há lugar. Têm de ir para outras freguesias do agrupamento. Há pedidos, há pessoas em filas de espera para o caso de sair alguém”, descreve.