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Petição em Barco para evitar encerramento do Posto de CTT local

Manuel António Silva
Freguesias \ quinta-feira, junho 22, 2017
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A funcionar há mais de 20 anos num estabelecimento comercial da freguesia, o Posto de CTT de Barco tem indicação para encerrar no próximo domingo, 25 de junho.

Tendo como primeiro subscritor, Sérgio Freitas Silva, cidadão de Barco e, simultaneamente, presidente da Junta local, começou a circular durante o dia de hoje pela freguesia de Barco, uma Petição dirigida ao Presidente do Conselho de Administração dos CTT, em defesa do Posto dos CTT daquela freguesia, onde é requerida a suspensão do referido encerramento.

Conforme teor do documento colocado a circular, esta decisão dos CTT de encerrar o Posto de atendimento de Barco, é considerada como “prejudicial para a população” de Barco e freguesia limítrofes dado que “serve uma considerável população idosa, de fracos recursos económicos e com dificuldades de deslocação, que ao longo de décadas se habituou a recorrer a este espaço”.

Pode ainda ler-se que tal decisão “significa votar ao ostracismo milhares de pessoas e representa um grave revés para a população destas freguesias, que se verá privada de um serviço de proximidade e obrigada a efetuar deslocações ao posto mais próximo na vila das Taipas”.

Sérgio Freitas Silva, primeiro subscritor desta Petição, espera até final do mês de junho, conseguir um número significativo de assinaturas que possa sensibilizar a Administração dos CTT a voltar atrás na sua decisão.

Na mesma expectativa está Isabel Correia, responsável pelo estabelecimento comercial onde funciona o Posto dos CTT de Barco, que não compreende esta decisão: “a única informação que nos deram, pelo Gestor de Parceiros local, é que este encerramento se deve a uma Reformulação de Postos. Assim, sem mais. As pessoas, principalmente as mais idosas, têm reagido muito mal a esta situação”.

Sobre a possibilidade desta decisão estar relacionada com os encargos financeiros mensais por parte dos CTT, Isabel Correia diz não acreditar: “Trabalhamos nisto há mais de 20 anos e a única compensação que temos são as comissões pelas vendas que efetuamos. Mais nada. Os CTT não nos pagam qualquer montante a título de renda mensal. Há meses que essas comissões não chegam aos 50 euros. Nem chega para o combustível. Há dias em que tenho de ir às Taipas, por causa do serviço, duas e três vezes. O que fazemos é pela população, pelas pessoas idosas que têm dificuldade em se deslocar às Taipas”.

Apesar de estranharem a coincidência temporal, quer Isabel Correia, quer Sérgio Freitas Silva, não acreditam, nem veem qualquer relação entre o encerramento deste posto, em Barco, e a abertura do das Taipas, nas instalações da Junta de Freguesia.