Pedro Regueiras e a responsabilidade de presidir o NAT
Foi no final da década de 1990 que, de um grupo de amigos que se juntava para correr, nasceu o NAT. Nos dias que correm, o Núcleo de Atletismo das Taipas – clube federado há cerca de uma década – é uma das mais consagradas e conceituadas associações de atletismo do concelho de Guimarães. Um desses aficionados das corridas era Manuel Mota, presidente que tomou conta dos destinos da coletividade até às últimas eleições do clube. Pedro Regueiras sucede-lhe porque “alguém tem de continuar”.
A sufrágio foi uma lista única encabeçada por Pedro Regueiras, eleito com 45 votos dos associados. O presidente eleito reconhece que “numa coletividade como esta é muito difícil haver duas candidaturas”. Aceita o cargo com algum “sacrifício”, ingrediente indispensável para fazer funcionar a receita. Os sapatos são difíceis de preencher, também reconhece, porque “é uma grande responsabilidade suceder ao Manuel, que foi um grande presidente”. Fruto do cansaço, chegou a hora de passar a pasta.
Pedro Regueiras tem um objetivo assumido: regressar à normalidade de tempos pré-pandémicos. No fundo, “fazer 15 a 20 provas por ano, ter os atletas a fazer provas normalmente e a conviver normalmente”. O convívio é uma parte importante da vida de um clube que nasceu das corridas que amigos faziam à noite no parque das Taipas. “A essência do clube é mesmo essa, é o convívio e as provas, e nos últimos dois anos foi impossível fazer isso”. Sem provas e sem reuniões, “os clubes ficam quase parados”, disse.
A palavra-chave que pauta o discurso do novo presidente do NAT é “responsabilidade”. Reconhece que há dias em que “uma pessoa se sente desmotivada” depois de vinte anos, mas sabe que vale a pena tomar para si a “grande responsabilidade de continuar com este clube”. Um clube que já é seu também há muito tempo: “há muitos anos que ando aqui, já conheço muito bem o clube e a vila”. Pedro Regueiras não hesita quanto ao caminho que pretende tomar: “é tentar trilhar o que fizeram durante os últimos anos e vamos tentar fazer isso”.