PCP propõe medidas para corrigir falhas nas infraestruturas de Guimarães
O Partido Comunista Português (PCP) apresentou um conjunto de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que incidem na resolução de "problemas estruturais" que afetam o concelho de Guimarães e a região de Braga. Porém, todas as medidas foram rejeitadas.
Uma das proposta centra-se no acesso de ambulâncias ao Hospital de Guimarães (proposta 284C) e prevê a construção do acesso direto e exclusivo para veículos em marcha de emergência desde a EN105, permitindo uma "chegada mais rápida e segura ao serviço de urgência, com uma relação custo-benefício indiscutivelmente gigantesca". No entanto, esta proposta foi rejeitada com os votos contra de PSD e CDS, abstenção de PS e IL, descreve o PCP em comunicado.
A requalificação urgente da EN 101 (proposta 294C), que une Guimarães a Braga, é uma “necessidade imperiosa”, descreve o PCP, em comunicado. "Os cerca de 18 quilómetros que unem as duas cidades são caracterizados por um percurso sinuoso de montanha com curvas e contracurvas constantes que no inverno se tornam particularmente perigosos". Deste modo, o PCP "propõe a manutenção urgente, a instalação dos sistemas de proteção e segurança rodoviária em falta, bem como os estudos necessários para a construção de variantes nas zonas urbanas", nota o partido. Porém, "esta proposta foi rejeitada com os votos contra de PSD, CDS e IL, abstenção de PAN e PS”.
A ligação ferroviária direta entre Braga e Guimarães (proposta 290C) foi também uma outra medida apresentada pelo partido. "Atualmente, para utilizar o comboio é necessário trocar de linha em Lousado e a viagem demora cerca de uma hora e trinta e dois minutos. Esta ausência de ligação direta constitui um incompreensível absurdo ferroviário e demonstra a falta de planeamento estratégico para o transporte ferroviário no distrito de Braga”, explica. Mas “esta proposta foi rejeitada com os votos contra de PSD e CDS, abstenção de PS”.
"Enquanto durante a campanha autárquica 'todos prometiam mundos e fundos', agora que é tempo de ação, a realidade mostra-se bem diferente", admite o PCP em comunicado. Segundo o partido, “a responsabilidade pelo atraso na resolução dos problemas estruturais de Guimarães e da região recai diretamente sobre os partidos que bloquearam estas medidas: PSD e CDS, que consistentemente votaram contra as propostas do PCP, e PS, IL e CH, que optaram pela abstenção ou voto contra, permitindo assim que os problemas se agravem”.