Oposição pede “cabal esclarecimento” sobre a situação da Taipas Turitermas
Recorde-se que, com base numa notícia do Jornal de Notícias, o Reflexo deu conta da existência de uma ação no Tribunal de Trabalho, intentada por Pedro Pereira, funcionário da Taipas Turitermas, contra a cooperativa taipense. Este tema foi abordado pelo executivo, sendo o que mais discussão gerou.
“O que se passa na Taipas Turitermas?” Questionou Bruno Fernandes, interpelando o presidente da Câmara Municipal de Guimarães se irá continuar a “ignorar estas situações”, como as mais recentes declarações do médico Hélder Pereira.
“Tendo sido este médico vice-presidente da cooperativa, fundador da clínica médica de saúde, uma nova valência, e um especialista de renome internacional, estas declarações não podem deixar de ser cabalmente esclarecidas. Dada esta cortina de acusações entendemos que a autarquia deve, de imediato, ordenar a realização de uma auditoria independente que esclareça o que está em causa. Só assim é possível defender o bom nome da casa e até do senhor. As acusações vêm de pessoas com grande responsabilidade e não de anónimos”, sublinhou Bruno Fernandes.
Em resposta Domingos Bragança disse que “não vale a pena criar casos que não existem”, frisando que este processo deverá seguir os trâmites normais nas entidades competentes. “Bruno Fernandes tem opiniões, eu tenho pareceres, leituras legais sobre a relação do município com as cooperativas. As cooperativas têm órgãos próprios, o processo está em tribunal, é o tribunal que vai fazer a sua avaliação e julgamento, não é preciso agir mais. Vamos respeitar as entidades judiciais”, disse o líder máximo do município.
Bragança concordou que “há qualquer coisa que não bate certo”, mas “para todos” os intervenientes. “Não se trata de um cooperante normal, foi um cooperante que foi vice-presidente da cooperativa. Foi vice-presidente para o bem e para o mal. Tenho falado algumas vezes por telefone com o Dr. Hélder Pereira, pessoa que tenho muita consideração como médico e na relação que tenho tido com ele. Sempre disse ao Dr. Hélder Pereira, irmão do secretário-geral, que tivesse em conta os órgãos sociais da cooperativa. O conselho fiscal, a assembleia geral e a própria administração. Sempre lhe disse que se os órgãos sociais não lhe derem resposta ao que apresenta para remeter este assunto para o Ministério Público e para o tribunal”, apontou.
Em relação ao pedido de realização de uma auditoria, Domingos Bragança lembrou que as contas foram aprovadas com um voto de louvor. “As contas da Turitermas são públicas, as de 2019, que foram postas em causa, foram aprovadas com um voto de louvor. Os cooperantes aprovam as contas, com voto de louvor, são públicas e apresentadas ao executivo e eu vou pedir uma auditoria? Não tenho esse poder legal para fazer essa auditoria”, rematou.