O Estrelas está “reerguer-se”: a bola já rola em Santa Maria
O sábado do passado dia 19 de outubro foi de festa em Souto Santa Maria, com o regresso das camisolas vermelhas ao pelado do Parque Desportivo e de Lazer. Após vários anos de inatividade, mais de duas décadas, o Estrelas Vermelhas voltou à atividade, ao participar nas provas da Associação de Futebol Popular de Guimarães.
“Há sensivelmente um ano, mais ou menos, pensámos em reabrir o Estrelas. Fizeram-me o convite para ser o presidente, eu aceitei e reativámos o clube, por assim dizer, começando esta época a participar na Associação de Futebol Popular de Guimarães”, dá conta António Araújo, o novo presidente do clube, ex-presidente do Clube de Petanca das Taipas.
Depois de folgar na primeira jornada – o número de equipas participantes no campeonato é ímpar – a estreia deu-se precisamente em casa, frente ao São Faustino. A derrota por três bolas a uma não apaga o simbolismo do momento em que a jovem equipa entrou em campo, após terem sido realizadas captações para criar o plantel de raiz. “Fizemos captações, anunciámos pelas freguesias, com folhetos. Apareceram vários jovens, mais até do que contávamos, alguns deles acabaram a formação de juniores em vários clubes das redondezas e viram no Estrelas uma oportunidade”, explica o presidente do clube.
O SC Estrelas Vermelhas ainda não venceu qualquer jogo, algo que António Araújo “compreende” atendendo a que este é o “início de um projeto”: “Claro que queremos ganhar jogos, mas entrámos sem objetivos práticos, não se pediu nem pede nada aos jogadores. O que se pretende é construir uma equipa, criar bases e ir ganhando experiência para o futuro”, sublinha o dirigente.
Iluminação, balneários e sintético: “É preciso criar condições”
Uma das principais preocupações neste momento prende-se com a melhoria das infraestruturas e criar as melhores condições para os jogadores. “São precisas condições”, assume o presidente, até porque neste momento os treinos realizam-se fora de portas, o que tem custos acrescidos para o clube. “Estamos a treinar em Souto porque não temos luz no campo. Jogámos no nosso campo, os jogos são da parte da tarde, mas os treinos à semana têm de ser à noite”, explica.
Também a nível de balneários, depois de vários anos sem uso as instalações não estão nas melhores condições. As perspetivas apontam para que no início do próximo ano o campo já tenha luz e no início da próxima época desportiva os balneários possam ser renovados. “Atualmente temos de nos equipar no pavilhão, para os jogos. Contamos no princípio da próxima época ter os balneários prontos”, antevê, projetando também a instalação de um sintético em Souto Santa Maria. “Estamos a criar condições para o clube, sendo o objetivo no qual estamos também já a pensar, colocar um sintético no campo. Queremos criar condições, luz, balneários, depois o sintético, para ter alicerces para nos federar no futuro”, atira António Araújo.
Mesmo perante este cenário “temos tido muita gente a ver os jogos”, relata António Araújo, apontando o entusiasmo das pessoas, independentemente dos resultados. “A população está contente por ver a rapaziada a jogar à bola, por dinamizar o campo – que estava parado há mais de vinte anos – e a população tem aparecido. Dá outra vida ao parque e à freguesia, e até temos tido gente de outras freguesias. As pessoas dão os parabéns por estarmos a reerguer o clube”, conclui.
[ndr] artigo originalmente publicado na edição de dezembro do Jornal Reflexo.