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Nó por desatar: com o terreno hipotecado, sede dos escuteiros não avança

Tiago Dias
Sociedade \ terça-feira, janeiro 18, 2022
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A área entre o polidesportivo e o parque do campismo continua despida do equipamento que para ali está prometido há sete anos.

Em 2014, Domingos Bragança anunciou que a nova sede do agrupamento de escuteiros de Caldas das Taipas iria nascer ali, mas o projeto continua encalhado.

O terreno da Taipas Turitermas está hipotecado pela Caixa Geral de Depósitos, faltando o parecer positivo do banco para desbloquear o processo. O tempo passa e o Agrupamento 666 do Corpo Nacional de Escutas (CNE) desespera por um espaço que substitua as salas de catequese. Chefe de Agrupamento desde 2020, Leandro Neves reconhece que os avanços “têm sido muito menos” do que o esperado. “O projeto está feito. A minuta de contrato também está pronta devido à nossa proatividade. Falta a resolução deste problema interno
da Taipas Termal com a entidade bancária”, afirma ao Reflexo.

Desde a primeira reunião com a presidente da Taipas Turitermas, Sofia Ferreira, e com o agora diretor executivo da cooperativa, Miguel Sousa, em dezembro de 2020, os escutas propuseram a cedência do terreno pelo regime de direito de superfície, aprovada pelos cooperantes na assembleia-geral de 31 de março de 2021.

Mas o processo estagnou desde então, com Leandro Neves a reunir-se com o presidente da Câmara em agosto, antes das eleições, para dar conta de que a sede “estava a demorar”. Nas palavras do Chefe, Domingos Bragança mostrou-se disponível para “apoio financeiro e institucional”, embora sem qualquer impacto sobre o nó que permanece bem atado.

Pelo meio, os escuteiros contactaram o gabinete de arquitetura a cargo do projeto, contribuindo para que fosse “submetido na câmara”, mesmo sendo essa uma responsabilidade da cooperativa, vincou. Questionada pelo Reflexo sobre o processo, a Taipas Turitermas
disse continuar sem resposta, após ter interpelado a Caixa para que “se pronunciasse sobre a intenção” de constituir o direito de superfície de parte do prédio hipotecado. “Embora tendo sido um processo que se iniciou no mandato da última direção, o compromisso assumido pela Taipas Turitermas apenas está dependente da anuência da CGD”, adianta a resposta da cooperativa.

“Há vários espaços ideais”

Sem sede própria desde 2003, aquando da construção do centro paroquial, o Agrupamento CNE de Caldas das Taipas anseia uma nova casa. Mas, para o seu Chefe, ela não tem de ficar no terreno prometido. “Aquele local afasta-nos do nosso local natural, junto à comunidade paroquial. Por outro lado, está junto a uma área de parque, verde, ecológica, que também nos favorece”, vincou Leandro Neves.

A necessidade do equipamento, sublinha, é logística; nas salas de catequese, os escuteiros não têm sala para reunir todos os seus elementos, nem arrecadação para guardarem as ferramentas, resultando numa “degradação acelerada do material”. Como consequência, as atividades perdem “qualidade” e o “desgaste” dos dirigentes sobe, descreve o responsável.