Nó da A11 e Capital Europeia Inovadora: PSD acusa PS de replicar propostas
As promessas de elevar Guimarães a Cidade Europeia Inovadora Emergente e de construir o nó da A11 em Brito por parte de Ricardo Costa, durante a apresentação da sua candidatura pelo PS às Eleições Autárquicas de 2025, são repetições de objetivos mencionados pelo PSD de Guimarães durante o mandato autárquico em curso.
Em representação da Comissão Política Concelhia, Rui Armindo Freitas frisou que o vereador e candidato laranja às Autárquicas, Ricardo Araújo, defendeu a ambição de candidatar Guimarães a Capital Europeia da Inovação em outubro de 2023 e da criação do acesso à autoestrada em Brito em julho de 2024. Para aquele que é também o secretário de Estado da Presidência, tais proclamações demonstram “uma lógica quase esquizofrénica de parecer não ser o mesmo que está no poder há 36 anos”.
Rui Armindo Freitas crê que o slogan de Ricardo Costa – “Afirmar Guimarães” – e a promessa de que “nada ficará igual”, expressa no sábado, provam que 36 anos de poder socialista “não bastaram para afirmar o território”. “É altura de repor sanidade no debate em Guimarães. Que não se diga hoje que nada ficará igual, pois isso é demonstrativo do arrependimento da Governação nas últimas décadas. Que não se diga que agora é que vai ser, depois de quase quatro décadas seguidas em Santa Clara”, defendeu, perante o candidato social-democrata à Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Araújo.--
Além de sublinhar os problemas associados à mobilidade intraconcelhia e interconcelhia, bem como à habitação, temas debatidos na campanha autárquica de 2021 e no mandato ainda em curso, Rui Armindo Freitas endureceu as críticas na hora de falar de economia: acusou Ricardo Costa de ser “incapaz de atrair um euro que fosse de investimento direto estrangeiro” enquanto vereador com o pelouro do desenvolvimento económico, entre 2013 e 2021, lembrou a polémica associada à Ecoiberia, empresa previamente sediada em Vila Nova de Famalicão que Guimarães quis atrair, e lembrou a promessa expressa em 2018 do investimento de 200 milhões de euros para a PevFactory, incubadora de empresas a instalar na antiga Fábrica do Alto, em Pevidém.
O social-democrata vincou que Guimarães “perde atratividade, perde pessoas, perde empresas” e não consegue alavancar o crescimento das que já tem, ao contrário de concelhos vizinhos. Mencionou também os empresários que “desesperam à espera de licenças e autorizações para manterem os seus negócios” e os salários “entre os mais baixos da região”, num município cujo perfil de exportações se mantém há décadas, a seu ver, “por ausência de políticas públicas capazes de atrair investimento”; a indústria têxtil continua ser maioritária nas vendas ao estrangeiro, perfazendo 60% do total. “É um PS que se quer vender como novo, mas de caras velhas. Por mais que se queira vender novidade, temos a continuidade que não fez a transição económica que Guimarães deveria ter feito. O PS gosta de fazer alarido sobre o que nunca fez, mas o que promete fazer”, referiu.
Sem precisar a data em que o PSD fará a apresentação pública da estratégia e programa para as Eleições Autárquicas, o secretário de Estado realçou que o partido “não entrará na luta de outdoors” com o PS. “Vamos fazer uma campanha séria, no respeito pelos adversários. E vamos apontar o dedo sempre que entendermos que os adversários vão para lá dos limites”, disse.