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Na tomada de posse, Bragança falou nos projetos e Torrinha pediu AM melhor

Tiago Dias
Política \ sábado, outubro 16, 2021
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O presidente da Câmara prometeu concretizar projetos já anunciados como a via do Avepark, enquanto o presidente da Assembleia admitiu que o órgão deliberativo deve ser mais próximo dos cidadãos.

O Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor (CCVF) acolheu, na manhã deste sábado, a instalação dos órgãos municipais para o quadriénio 2021-25: tomaram posse os 11 membros do executivo municipal eleitos nas Autárquicas – sete do PS e quatro da coligação Juntos por Guimarães -, bem como os 97 deputados à Assembleia Municipal.

Cumprido esse momento protocolar, o reeleito Domingos Bragança prometeu materializar os “30 compromissos” com que se apresentou a sufrágio, referentes a projetos já anunciados como a instalação da Escola de Artes Performativas e Visuais da Universidade do Minho e do Conservatório de Música de Guimarães no Teatro Jordão, a instalação do “supercomputador verde” Deucalion no Avepark, bem como a nova via de acesso ao parque de ciência e tecnologia sediado em Barco.  

“A educação, a cultura e a ciência a base dos três eixos de atuação do nosso programa, para que Guimarães seja um território onde é bom viver; um território mais criativo, inovador, competitivo, digital e mais ambientalmente sustentável”, declarou o autarca eleito pela terceira vez.

 

Estudo de Álvaro Costa para a mobilidade, que inclui os teleféricos, vai ser discutido

Quanto à habitação, recordou o propósito de requalificar os prédios do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), bem como de alterar o Plano Diretor Municipal (PDM) para garantir bolsas de construção nas vilas.

Na mobilidade, realçou a entrada em vigor do sistema de transporte público de passageiros, concessionado à empresa Vale do Ave, a implementação das ecovias ao longo do Ave, do Selho e do Vizela e ainda o objetivo de materializar a ligação ao eixo ferroviário de alta velocidade.

O estudo do sistema de mobilidade, elaborado pelo especialista Álvaro Costa – trouxe a público uma ligação por teleférico entre a cidade e a vila das Taipas, por exemplo -, vai continuar em “discussão pública”, disse ainda.

 

AM “tornou-se mais equitativa”, mas “ainda é circunstância distante dos vimaranenses”

Antes de Domingos Bragança, José João Torrinha vincou que a Assembleia Municipal (AM) se tornou “mais justa, equitativa e aberta a todos”, nos últimos quatro anos, com os deputados a saberem unir-se na “fase mais dura da pandemia” para assegurar o seu funcionamento, mas admitiu que o órgão deliberativo é “ainda uma circunstância distante dos vimaranenses”, mesmo com uma primeira sessão já decorrida fora da cidade, em Ronfe.

Torrinha admitiu ter “quota-parte da responsabilidade”, mas vincou também a importância dos órgãos de comunicação social prestarem mais atenção à AM, de forma que não se intensifiquem as “assimetrias” entre a relevância dos vários órgãos de poder local.

“Na luta pela relevância deste órgão autárquico, não fizemos tudo o que deveria ser feito. A Assembleia tem de ser um órgão de fiscalização efetivo no qual os vimaranenses se revejam. Quanto aos órgãos de comunicação social, devem ser mais ativos a promover os temas que lá se discutem e dos atores que lá discursam”, defendeu.

O AM reúne pela primeira vez no quadriénio 2021-25 a 05 de novembro, uma sexta-feira, no Pequeno Auditório do CCVF.