Município quer que Avepark seja zona de acesso automóvel condicionado
A Câmara Municipal de Guimarães propõe que a área delimitada pelos limites do parque de ciência e tecnologia Avepark seja uma zona de acesso automóvel condicionado, funcionando com um controlo exercido através de sinalização e, eventualmente, complementado por meios mecânicos e/ou eletrónicos – como barreiras, por exemplo. Segundo o município, a decisão surge na sequência de “um aumento de ocorrências relacionadas com o parque de estacionamento deste espaço”.
E que problemas? “Furtos às viaturas estacionadas, assim como a circulação injustificada e abusiva de veículos”, lê-se no documento que foi levado a discussão na última reunião de câmara. O ponto foi aprovado por unanimidade. “Deste modo”, prossegue, “tonar-se indispensável tomar medidas no sentido de reforçar a segurança de todos os utentes do Avepark, e que disciplinem a circulação de veículos no interior do Avepark, bem como o seu acesso”.
A Câmara Municipal de Guimarães deliberou, em reunião de 16 de novembro de 2020, dar início ao procedimento tendente à aprovação de um regulamento, mas não foram apresentados contributos. No documento é escrito que “o Código da Estrada habilita a aprovação, pelas autarquias, de regulamentos municipais que visem disciplinar o trânsito”.
A autarquia justifica a necessidade de um regulamento devido à “instalação de excelência funcional que tem por objetivo, de entre outros, a captação de projetos e empresas que promovam a transferência de conhecimento para os setores da indústria avançada”.
Atualmente, o AVEPARK tem instaladas entidades de referência internacional em áreas como os biomateriais e ciências da vida (caso dos 3Bs Research Group), o digital (Farfetch) ou a medicina regenerativa (o The Discoveries Centre for Regenerative and Precision Medicine) – “projetos que trabalham com tecnologia de ponta, com equipamentos laboratoriais e informáticos de avultado valor e muitas vezes com substâncias químicas sensíveis”.