Moloques na Avenida da República geram discussão e desagrado
A área que, na segunda-feira, correspondia a três lugares de estacionamento na faixa dedicada a aparcamento na Avenida da República é hoje um buraco aberto para a instalação de quatro moloques que asseguram a separação do lixo. Impedida de iniciar os trabalhos na segunda-feira, face a uma viatura estacionada nessa área, a máquina encarregue de realizar essa obra escavou o buraco esta terça-feira, captando a atenção de alguns transeuntes.
Para um dos comerciantes na Avenida da República, o local escolhido é desadequado. “Esta manhã, aquela área estava mais bem vedada e era impossível estacionar ali. Estão a fazer os buracos. Perdem-se três lugares de estacionamento. Quando vierem os camiões para carregar o lixo, o trânsito vai ficar bloqueado uns minutos”, disse Carlos Ferreira ao Reflexo, em alusão ao facto de a avenida ter agora uma via para circulação rodoviária, quando antes tinha duas.
Questionado sobre uma alternativa mais apropriada, o comerciante sugeriu que os contentores poderiam ficar logo ao lado, não nos lugares de estacionamento, mas nos passeios, evitando-se assim o possível constrangimento do trânsito devido às operações dos camiões do lixo. “Os camiões podiam subir ligeiramente o passeio. E faziam o trabalho sem incomodar ninguém. Colocavam os contentores encostados ao muro, em cima do passeio. Ainda dava espaço para os peões passarem. Não estorvavam ninguém, nem ficava feio”, disse.
Carlos Ferreira lamenta ainda os procedimentos adotados para as obras de requalificação no centro das Taipas, em curso desde outubro de 2020: “Tirar três lugares de estacionamento depois de terem tirado tanto estacionamento é uma vergonha. Nunca vi obras como nas Taipas. Alagam tudo, em vez de começarem uma rua, acabarem-na e irem para outra”, frisa.
A colocação dos moloques na Avenida da República ocorre depois de a rua António de Barros ter sido o local inicialmente apontado para a infraestrutura e de a implantação dos equipamentos no topo da Alameda Rosas Guimarães ter sido interrompida.
O Reflexo contactou a Câmara Municipal de Guimarães, que adiantou estar a reunir a informação relativa à operação para prestar os devidos esclarecimentos.
