Metrobus ou ferrovia: “PS compromete e lesa os interesses de Guimarães”
O presidente da comissão política concelhia de Guimarães do PSD lamentou “profundamente o facto de o PS ter aprovado na Assembleia da República uma proposta que obriga o governo a estudar a ligação ferroviária entre Guimarães e Braga”. Ricardo Araújo fez uma comunicação na qual considera este posicionamento “absolutamente lesivo para os interesses de Guimarães”.
A comunicação foi feita à margem da reunião de câmara, na sequência da votação do Orçamento do Estado para 2025, na especialidade, em que se propõe a realização de estudos referentes à implementação de uma ligação ferroviária entre os dois concelhos.
“A Câmara Municipal de Guimarães consensualizou com a Câmara de Braga, com o anterior e com o atual governo, o metrobus como opção de ligação entre as duas cidades. Na sequência de um protocolo assinado entre os dois municípios e o governo foram já investidos um milhão de euros em estudos para operacionalizar esta opção pelo metrobus. Aquilo que acaba de acontecer é o PS obrigar o governo a estudar uma outra solução que não a do metrobus”, contextualizou Ricardo Araújo.
O deputado na Assembleia da República, e também vereador da oposição, acusa o PS de estar a “comprometer” o avanço de uma solução que estava já definida. “O PS que, nada fez nos últimos anos para promover a ligação ferroviária, rodoviária e transporte público entre Guimarães e Braga, o que quer é exatamente comprometer que se possa implementar esta solução de metrobus, e que este este governo e este município continue sem nada fazer”, atirou.
No entender de Ricardo Araújo isto é "altamente comprometedor e lesivo dos interesses de Guimarães”. “O PS defende uma coisa em Guimarães, através do presidente da Câmara, a concelhia, pelos vistos, defende outra e em Lisboa defende uma coisa diferente”, afirmou, dizendo que isto “é de grande gravidade”.
“Pode comprometer a implementação de um projeto de metrobus entre Guimarães e Braga nos próximos anos. Devíamos estar concentrados em implementar a solução de metrobus. Isto são manobras dilatórias para distrair a atenção do que é essencial, para retirar o foco do essencial e tentar inviabilizar que nos próximos anos seja instituído o metrobus”, concluiu.