
Médico Hélder Pereira discutiu lesões do tornozelo em Nova Iorque
Alguns dos mais reconhecidos especialistas mundiais, oriundos de mais de 30 países e seis continentes, discutiram o presente e o futuro do tratamento das lesões da cartilagem do tornozelo, na nona edição da conferência da “International Society for Cartilage Repair of the Ankle”, decorrida em 03 e 04 de abril, em Nova Iorque.
Nesse grupo de clínicos ligados aos maiores clubes desportivos, federações e seleções de todo o mundo do desporto, “representando o culminar de um trabalho exigente durante os últimos cinco anos”, encontrava-se Hélder Pereira, ortopedista e investigador natural de Caldas das Taipas, membro desse grupo de estudo há cerca de 15 anos.
“O objetivo deste grupo de trabalho foi avaliar todas as opções, avanços e resultados mais recentes para estabelecer as diretrizes internacionais para o tratamento da cartilagem do tornozelo em lesões osteocondrais do tornozelo”, refere o médico vimaranense, na nota de imprensa enviada às redações.
O ex-jogador profissional de rugby, o internacional inglês James Haskell, deu a perspetiva de um paciente sobre a recuperação de lesões no tornozelo, algo que o médico considera “fundamental em muitas tomadas de decisão”. “O mundo científico tem de estar próximo do “mundo real” para encontrar as respostas mais adequadas às exigências individuais, e às especificidades do atleta de elite”, acrescenta a nota.
Presidente da Sociedade Portuguesa de Artroscopia e Traumatologia Desportiva (SPAT) desde outubro de 2024, "os problemas da cartilagem, não raras vezes associados a sequelas de entorse do tornozelo, pela sua frequência e potencial impacto na “performance desportiva” (ou mesmo na simples capacidade de praticar desporto) merecem todo o empenho e investimento da sociedade científica. É paradigmática a história de Marco Van Basten, tornada pública pelo próprio, e que foi determinante no alertar para este problema há já algumas décadas, por um dos fundadores deste grupo de estudo, Niek Van Dijk. O tratamento “perfeito” da instabilidade ou das lesões da cartilagem do tornozelo estão longe de ser objetivos plenamente alcançados, mas temos hoje seguramente mais e melhores opções para os nossos atletas e demais pacientes", sublinha o docente.
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