Longos e Santo Estêvão lançam formação. Agora resta “cativar os miúdos”
As terraplanagens em pleno Campo da Fraga, com vista à inauguração do relvado sintético, calendarizada para 13 de agosto, antecipam não só o regresso da equipa principal a casa, como uma etapa inédita na história do Santo Estêvão: a criação dos escalões de formação. “Quando assumi o Santo Estêvão há dois anos, foi sempre com a ideia da formação. Era o maior objetivo”, assume o presidente, Francisco Mendes.
Anunciados os escalões jovens a 10 de junho, através das redes sociais, o clube verde-rubro comunicou, no final do mês, a intenção de criar equipas dos petizes (sub-7) aos iniciados (sub-15), atraindo rapazes e raparigas, até porque “podem jogar em conjunto até aos 12 anos”.
Enquanto se aguarda a conclusão do sintético, o Santo Estêvão está a “bater às portas das escolas todas da Comissão Social Inter-freguesias Castreja” para angariar inscrições, até porque “das Taipas para cima”, na margem direita do Ave, não há futebol de formação – a exceção é Barco, que se prepara para acolher o Berço. “Estou com expetativas de que vamos ter muitos miúdos”, realça o dirigente. “Pelo menos 20 miúdos já temos. As inscrições estão a decorrer em bom ritmo”.
Ainda sem estimativa da dimensão que a formação pode atingir, Francisco Mendes acredita que o clube vai “ser muito bem visto pela formação daqui a dois ou três anos”, com a ajuda financeira da Somirav, empresa de serviço de gruas. “Como é a maior empresa da freguesia, surgiu-nos a ideia de ir ter com eles. Vai disponibilizar mensalmente um valor que nos ajuda nas despesas da formação”, esclarece o responsável.
Apesar do apoio, as crianças que ali quiserem jogar vão pagar uma mensalidade a reverter na totalidade para a formação. “Imagine-se que há um torneio em Viseu e no Algarve. Tudo o que o clube possa suportar é pago pelo clube”, esclarece.
“Com o sintético tudo se torna mais fácil”
Seis quilómetros a oeste, na encosta da Falperra, o sintético já funciona há quase um ano e afirma-se como decisivo para as captações de crianças. “As captações começaram a 10 de junho, dos quatro aos 12 anos. É óbvio que, com o sintético, tudo se torna muito mais fácil. Não era fácil colocar formação em pelados”, confessa o presidente do GD Longos, Manuel Gonçalves.
Até agora, o clube já captou nove crianças dos quatro aos seis anos e 15 dos seis aos 12, com a convicção de que pode atrair crianças da freguesia e de territórios vizinhos, como Balazar, São Lourenço de Sande e Santa Leocádia de Briteiros. “O Longos está aberto a todos as freguesias. Queremos cativar os miúdos. Já lhes demos uma t-shirt do clube, para ganharem o gosto”, prossegue o dirigente.
A fase de captações é o primeiro passo para a formação arrancar “a sério”, em setembro, decidindo-se então o número de equipas a inscrever na Associação de Futebol de Braga e o número de treinadores; para já, o Longos tem um, esclarece Manuel Gonçalves.
Embora “treinem de borla”, as crianças vão pagar uma mensalidade quando as competições arrancarem formalmente. Tal como no Santo Estêvão, o dinheiro serve “unicamente as despesas da formação”. “O dinheiro que os miúdos pagarem não é para colocarmos na equipa sénior”, especifica o dirigente, ligado ao clube há 35 anos.