Livro de Raúl Rocha celebra identidade e evolução da Vila de Ponte
A obra "Vila de Ponte - Uma Vila que Não Pára", da autoria de Raul Rocha, foi apresentada no sábado, dia 25 de outubro, no Auditório D. Afonso Henriques, no Domus Ponte, reunindo o autor, o ex-presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, o ex-presidente da Junta de Ponte, Sérgio Castro Rocha, num tributo à história, vitalidade e identidade da vila e, como mediador, Paulo Machado.
Na sua intervenção, Raul Rocha afirmou que "este livro não foi fácil de fazer, porque estas memórias exigem alguma distância", sublinhando que "as transformações estavam a acontecer enquanto escrevia". O autor considerou que "a Vila de Ponte foi o território que mais se transformou no concelho", passando de um espaço "muito rural" a "uma urbanidade de dimensão notável".
Durante a apresentação, dirigiu palavras de reconhecimento a Domingos Bragança, "que há 46 anos se dedica à causa pública", e a Sérgio Castro Rocha, "pela coragem de editar este livro, com custos, e deixar uma herança positiva para todo o nosso território". Raul Rocha acrescentou: "Quero, na pessoa do Sérgio, saudar todos os que serviram esta comunidade. Todos, sem exceção, deram o melhor de si à causa pública."
Já Sérgio Castro Rocha, no seu último ato como presidente de junta, frisou que: "Durante 12 anos dediquei a minha vida pessoal a Ponte. Paguei um preço muito elevado, mas não me arrependo." O ex-autarca local admitiu sentir "um sentimento de dever cumprido" e destacou o livro como "a obra que sonhei deixar à minha terra". Acrescentou ainda que este é apenas "o começo de muitas outras conquistas". "Continuarei a lutar para que a creche e o lar de idosos sejam uma realidade.", afirmou.
Já Domingos Bragança, também no seu último ato como presidente, destacou "a liderança de envolvência" de Sérgio Castro Rocha, afirmando que "onde há uma obra em Ponte, está a sua marca e a da sua equipa".
Bragança elogiou ainda a experiência e dedicação do autor do livro. "Não poderia haver melhor pessoa para escrever este livro do que Raul Rocha, pela sua memória política e rigor histórico".
A publicação percorre o trajeto histórico e coletivo da Vila de Ponte, valorizando a sua identidade e o dinamismo que a caracteriza. Reúne memórias políticas, sociais e culturais que ajudam a compreender o desenvolvimento local, desde a antiga rivalidade e posterior fusão entre São João e Campelos, às lutas pelo crescimento do Convite e ao papel do associativismo e do desporto como fatores de união. Além do registo de obras e mandatos, o livro traça o retrato da comunidade e das suas tradições. Com base em investigação e testemunho, resulta num retrato coletivo que valoriza a persistência e o espírito de progresso da vila que se afirmar como centro urbano e cultural.