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Legislativas: PS é força mais votada no país; AD elege mais deputados

Redação
Política \ segunda-feira, março 11, 2024
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Quando restam os votos do estrangeiro, a AD conta 79 deputados e o PS, partido mais votado, 77, com Luís Montenegro a pedir indigitação como primeiro-ministro. Chega, terceiro, quase triplica votação.

Assim que se apuraram os resultados na freguesia de Algueirão-Mem Martins, no concelho de Sintra, já depois da meia-noite, fechou a contagem dos votos a nível nacional, com as duas principais forças políticas lado a lado: a Aliança Democrática (AD) clamou vitória nas Legislativas deste domingo, ao eleger 79 deputados, mais dois do que o PS, a força política com maior percentagem de votos: ao contabilizarem 10.260 votos nessa freguesia de Sintra contra 7.764 da coligação PSD/CDS-PP/PPM, os socialistas atingiram a percentagem nacional de 28,66%, correspondente a 1.759.937 votos, pouco mais de dois mil face à AD, que reuniu 1.757.879 (28,63%).

Antes de ser apurada a última freguesia em território nacional, o presidente do PSD e líder da AD, Luís Montenegro, proclamou vitória e pediu ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para o indigitar como primeiro-ministro. “Parece incontornável que a AD ganhou as eleições, e o PS perdeu as eleições (…) Que o Presidente da República me possa indigitar para formar Governo. Na expetativa de que tal vai acontecer, o meu compromisso é no respeito pelo voto livre. É cumprir a mudança com um novo primeiro-ministro, um novo Governo e novas políticas”, proferiu no seu discurso.

Um pouco antes, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, admitiu que o seu partido perdeu as eleições e prometeu ser a principal força da oposição, rejeitando deixar esse papel para o Chega, o partido que mais cresceu nas Legislativas deste domingo. A força mais à direita no parlamento viu a sua votação disparar dos 7,15%, em 2022, para os 18,06%, em 2024, resultado que lhe permitiu quadruplicar o número de deputados na Assembleia da República, de 12 para 48. O seu líder, André Ventura, frisou que a noite deste domingo assinalou o “fim do bipartidarismo em Portugal”.

Num sufrágio marcado pela quebra da abstenção – 42,04 para 33,77% - e por uma distribuição geográfica que traduz domínio da AD a norte do Mondego, domínio do PS a sul e pela vitória do Chega no Algarve, a IL manteve os oito deputados eleitos em 2022 (5,08%) e o BE cinco (4,46%), enquanto a CDU, sexta força mais votada, viu a percentagem cair de 4,39% para 3,30% e o número de eleitos de seis para quatro. O Livre, em sentido inverso, quase triplicou a votação, para 3,26%, e viu o número de deputados quadruplicar – eleito em 2022, Rui Tavares passa a dispor de um grupo parlamentar, com a junção de três elementos do partido que coordena. Inês Sousa Real, do PAN, manteve o lugar no parlamento, tendo aumentado a votação de 1,53 para 1,93%.