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José Luís Oliveira - PS

Redação
Política \ quarta-feira, novembro 02, 2005
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O candidato socialista reconhece que o PSD obteve uma vitória demasiada expressiva e com a qual não estava à espera. Vai assumir o seu lugar na Assembleia de Freguesia.

Foi uma vitória clara do PSD?
Sim. A vitória foi uma surpresa e por esses números ainda mais. Confesso que não estava à espera desta derrota do PS. A chave da vitória do PSD esteve na estratégica que montaram para estas eleições, foram inteligentes no tipo de campanha. No entanto, trata-se de um tipo de campanha que eu nunca faria, com um estilo que eu nunca adoptaria e que pensei que já não daria resultados.
Que tipo de campanha se está a referir?
Toda a gente viu. Relembro dois ou três pormenores. Na última semana da campanha o PSD lançou dois manifestos a atacar o PS, aos quais nós nem sequer respondemos. Foi uma campanha que para além de popular foi também populista, basta referir o exagero de cartazes. Sempre pensamos que seriam penalizados por isso, mas assim não foi. Tendo em conta a vitória final, acabaram por ser mais inteligentes do que todos os outros partidos.
O PS não cometeu erros durante a campanha?
Não encontro nada a apontar à nossa campanha ou que tivéssemos cometidos erros. A campanha correu muito bem, muito digna, sem ataques pessoais, pela positiva e apresentamos a melhor equipa
Então o que explica a derrota eleitoral?
Há dois ou três factores que explicam a votação. O sentido de voto da vila já é mais urbano e nós acabamos por ser penalizados, por alguns eleitores, que quiseram protestar contra o governo. Por outro lado, o cabeça de lista do PSD esteve quatro anos a preparar a sua candidatura, em pré-campanha eleitoral, principalmente nos últimos dois anos, tendo como exemplo máximo, a utilização das festas de S. Pedro. Pessoalmente, fui convidado a três, quatro meses das eleições.
O convite foi demasiado tarde?
Poderia ter sido mais cedo. Tive pouco tempo para preparar a lista e lançar o nosso projecto. Neste aspecto estive em desigualdade em relação aos outros candidatos.
Também um desgaste do PS, evidenciado já há quatro anos atrás?
Há quatro anos a mudança tendeu para o lado da CDU. Aliás foi uma surpresa e ainda não consigo entender (não obstante o Capela Dias me ter desiludido um pouco neste quatro anos pois esperava outro tipo de actuação) a diferença de mais de mil votos entre a lista do PSD e da CDU.
Quanto ao desgaste? Não irei por aí. Não esquecer que neste último mandato foi quando a Câmara governada pelo PS mais investiu nas Taipas. Tivemos o pavilhão do CART, a feira, a variante, a ATL e creche que vai ser inaugurada em Novembro. O próprio PS fez uma renovação da sua lista.
A maioria das obras que referiu foram-se arrastando no tempo e algumas delas, não estão de acordo com o seu nome, caso da variante.
Pode ser uma leitura, pode ser que tenha sido tardio, mas o que é um facto é que foi o ano que mais se investiu nas Taipas.
Todos queremos mais obras e mais rápidas, mas nem sempre é quando queremos.
Falou na CDU e quanto à votação do TAC?
Na minha opinião foi pouco significativa, não conseguiram eleger um único membro para a Assembleia.
Que tipo de postura vão ter na nova Assembleia?
Vamos assumir, os três primeiros elementos da nossa lista vão assumir os seus lugares na Assembleia. O povo quis que estivéssemos na oposição e assim acontecerá, mas sempre de uma forma construtiva, sempre pensando no interesse das Taipas. A nova Junta poderá contar connosco sempre que estiverem em causa projectos de interesse para a freguesia, quanto ao resto estaremos atentos.

Ver reacção de Constantino Veiga.

Ver reacção de Capela Dias.

Ver reacção de Ângelo Freitas.

Ver reacção de Vicente Salgado.

Ver reacção de Remísio Castro.