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JMJ: Peregrinos rumam a Lisboa “gratos pela simplicidade e gentileza”

Tiago Dias
Sociedade \ segunda-feira, julho 31, 2023
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Os 22 peregrinos da Diocese de Nanterre acolhidos em Caldas das Taipas já partiram para a Jornada Mundial da Juventude. Por parte da paróquia, fala-se de expetativas superadas.

Alguns jovens submergem as mãos em tintas verde, amarela ou vermelha, as cores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023; fazem-no para deixar marca na grade limítrofe do Centro Pastoral. Algumas daquelas mãos são de jovens de Caldas das Taipas e outras de Rueil-Malmaison, localidade da Diocese de Nanterre, nos arredores de Paris.

As impressões digitais têm a companhia de uma palavra para descrever os cinco dias de interação entre a comunidade paroquial da vila termal e os 22 peregrinos franceses recebidos no âmbito dos Dias nas Dioceses, a atividade que precede a JMJ propriamente dita. Presente naquele momento, a coordenadora do grupo enaltece o acolhimento prestado pelas 11 famílias e pela restante comunidade envolvida no programa que se desenrolou de quarta-feira até domingo.

“Fomos muito bem acolhidos. Estamos gratos pela simplicidade e pela gentileza de todos os portugueses. Estamos impressionados com estes dias”, diz Blanche de Kermeanguy, de 21 anos, ao Reflexo.

Os peregrinos rumaram, na manhã de domingo, a Braga, para o dia que reuniu os cerca de 7.000 peregrinos recebidos na Arquidiocese, e, nessa mesma noite, a Lisboa, depois de um tempo em que conheceram os edifícios termais da vila – Banhos Velhos e Banhos Novos -, e o parque de lazer junto ao rio Ave, tendo-se encontrado com os restantes 129 jovens acolhidos na Zona Pastoral das Taipas, numa atividade em Barco, na sexta-feira. No dia anterior, visitaram o Santuário da Penha, o centro histórico de Guimarães e a Basílica de São Torcato, templo que reuniu os 650 peregrinos da Diocese de Nanterre acolhidos no Arciprestado de Guimarães e Vizela, à tarde e à noite. “O momento em São Torcato foi muito forte. Todos os jovens da diocese encontraram-se lá, num país que não conhecem. Foi muito bom fazermos esse contacto”, realça a coordenadora daquele grupo de Rueil-Malmaison.

Depois do tempo para encontro de culturas, criação de laços pessoais e oração nas Caldas das Taipas, Blanche espera prolongar a experiência em Lisboa, embora numa escala maior – a capital lusa espera pelo menos receber 1,2 milhões de pessoas. “Esperamos um contacto entre portugueses, franceses e jovens de outras culturas, para partilhar a fé e a oração, mas também para crescerem em conjunto e conhecerem-se melhor”, realça.

 

 

“As famílias já os tratavam como os nossos meninos”

Responsável pelo Comité Organizador Paroquial de Caldas das Taipas para os Dias nas Dioceses, Carlos Costa fala de expetativas superadas. “Este é um trabalho já de um ano. Tivemos reuniões e preparámo-nos para os acolher, quer na paróquia, quer no arciprestado. Têm superado as expetativas. Os jovens que vêm para cá são fenomenais”, realça, vincando que os peregrinos acolhidos na vila termal interagiram “muito bem” com os voluntários da paróquia, sempre com “muita garra e energia” para as atividades realizadas.

O responsável paroquial esclarece ainda que o programa foi “uma pequena amostra do que vai acontecer na JMJ”, tendo-se desenrolado num “entre os cinco pilares que estão a orientar o nosso programa nos Dias nas Dioceses” – acolhimento, descoberta, cultura, missão e envio – e enaltece os laços estabelecidos entre peregrinos e as 11 famílias de acolhimento. “As famílias já os tratam como os “nossos meninos”. Estão preocupadas quando chegam a casa, onde é que eles vão, quase como se fossem deles. Estão encantados com a experiência e voltariam a repeti-la no geral. O feedback a cada dia foi cada vez melhor”, refere.