Desemprego em Guimarães volta a subir em setembro e atinge máximo em 2023
A delegação de Guimarães do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) registava 6.697 pessoas inscritas no final de setembro, um novo máximo absoluto mensal em 2023. O desemprego registado no IEFP subiu assim 4,6% face a agosto, mês que registara o anterior pico neste ano, com 6.402 inscritos, mostram as estatísticas disponíveis no portal do IEFP.
Há precisamente um ano, o número de desempregados registados no Serviço de Emprego de Guimarães era de 5.411, tendo-se verificado, desde então, uma subida de quase 24%. Nos últimos 12 meses, a economia concelhia tem-se deparado com quebras de receitas nas exportações, nomeadamente as da indústria têxtil e do vestuário – viu os 623 milhões de euros arrecadados entre janeiro e julho de 2022 caírem para 500 milhões em período homólogo de 2023, segundo o Instituto Nacional de Estatística. A par dessa redução nas vendas, têm ocorrido despedimentos e encerramentos em algumas das empresas do setor.
À semelhança de agosto, Guimarães continua a ser o quinto município do país com mais desempregados inscritos no IEFP, atrás de Lisboa (17.024), Vila Nova de Gaia (10.721), Porto (10.720) e Sintra (10.200). No que respeita ao dito Quadrilátero Urbano, Braga surge logo atrás de Guimarães, com 5.971 inscritos. Vila Nova de Famalicão apresenta 3.561 desempregados e Barcelos 2.273.
Como tem sido norma, o desemprego em Guimarães sente-se mais entre as mulheres (58,8%) e nas pessoas que já estiveram empregadas e procuram um novo trabalho (93%). A faixa etária acima dos 55 anos é aquela que mais se ressente do desemprego – as 2.578 pessoas nessas idades correspondem a 38,5% do total, seguindo-se as 2.399 entre os 35 e os 54 anos (35,8%).