Húmus: protocolo do Grande Prémio de Poesia marca início do festival

O Húmus arrancou hoje, data em que a Biblioteca Municipal Raul Brandão assinala o seu 33º aniversário. A assinatura do protocolo do Grande Prémio de Poesia de Gil Vicente, realizada pelo presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, e pelo presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE), José Manuel Mendes, pelas 15h00, marcou o início da 9ª edição do festival literário.

Este ano, o valor atribuído à obra vencedora será de 12.500 euros. De acordo com José Manuel Mendes, as obras selecionadas numa primeira instância - completas de poesia ou antologias poéticas e de tema livre -, chegam amanhã à sede da APE.

O Grande Prémio Gil Vicente surge da parceria estabelecida entre o Município de Guimarães e a Associação Portuguesa de Escritores (APE), com o objetivo de premiar uma obra portuguesa, publicada integralmente, e em primeira edição.

Durante a cerimónia, que contou ainda com a presença da vereadora da Educação da Câmara Municipal de Guimarães, Adelina Paula Pinto, ambos os lados frisaram a importância da cultura face ao panorama instável da sociedade atual.

"Precisa-se de cidadãos com cultura, capazes de ver além da superfície da informação que lhes é chegada", afirmou Domingos Bragança, que acredita, por isso, ser necessário seguir as pisadas do trabalho realizado pelo autor Gil Vicente.

"O objetivo principal deste protocolo é valorizar quem segue esse caminho e a cidade de Guimarães é uma referência cultural para as cidades, não só portuguesas, mas europeias. (...) Devemos apostar na filosofia e na literatura, são áreas tão importante quanto a ciência e a tecnologia", frisou o presidente da Câmara.

José Manuel Mendes, esclareceu que o nome dado ao prémio - Grande Prémio de Poesia de Gil Vicente - é uma homenagem ao trabalho do autor e dramaturgo Gil Vicente, uma influência maior na cultura da Península Ibérica, indo de acordo ao objetivo do prémio, que é "distinguir em cada ano autores maiores da atualidade".

O presidente da Associação Portuguesa de Escritores (APE), não terminou o discurso sem evocar a qualidade da obra de Raul Brandão, apelando para que o reconhecimento que tem sido feito pela cidade de Guimarães sirva de inspiração ao restante território português.

O primeiro dia do festival Húmus prossegue com a inauguração da exposição “A Pedra de Brandão - O Cinema é um Ato de Fé”, às 17h00, a apresentação do livro "Aquilo que o Sono Esconde", de Mafalda Santos às 18h00 e com o jantar mistério, às 20h00.