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Guimarães volta a receber Festival de Canto Lírico com nova tetralogia

Redação
Cultura \ sexta-feira, maio 30, 2025
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Guimarães recebe a 7.ª edição do Festival de Canto Lírico, que estreia uma ópera para bebés e lança o ciclo bienal “O Corpo e o Poder”.

O Festival de Canto Lírico de Guimarães está de volta, evento bienal focado na ópera contemporânea e na celebração da música vocal. Resultado de uma colaboração entre a Associação Artística Vimaranense, Associação Setúbal Voz, as câmaras municipais de Guimarães e Setúbal, a Orquestra do Norte e Oficina, o festival proporciona à cidade um percurso artístico exclusivo em Portugal, com obras inéditas compostas especialmente para o evento.

A apresentação da 7.ª edição decorreu no Centro Cultural Vila Flor, marcando também o arranque do ciclo bienal “O Corpo e o Poder – O Artifício Operático como Processo Analítico”, que explora a ópera como uma forma de arte profunda e crítica. A grande novidade desta edição é a estreia de uma ópera concebida para bebés, um projeto inovador que visa democratizar o acesso à ópera e conquistar novos públicos.

@Associação Setúbal Voz

O ciclo da tetralogia começa a 21 de junho de 2025, às 21h30, no Auditório Francisca Abreu, com a estreia de “Leonor e Benjamim”. Seguem-se “Agustinópolis” a 22 de novembro de 2025, “Eu Sou Alma” a 21 de março de 2026, e “Prisciliano” a 19 de dezembro de 2026, todas no Centro Cultural Vila Flor.

Francisco Teixeira, presidente da Associação Artística Vimaranense (ASMAV), sublinhou o impacto cultural do festival na região, afirmando que o evento vai para além da celebração musical, sendo também um espaço de diálogo entre músicos, filósofos e historiadores, consolidando Guimarães como um importante polo cultural.

O encenador e diretor artístico Jorge Salgueiro destacou o desafio de criar peças complexas com orçamentos limitados, e frisou a atualidade dos temas abordados pela tetralogia: “Estas obras não só contam histórias, mas transformam realidades em experiências artísticas que fazem refletir sobre temas como opressão, identidade e resistência.”

O maestro Fernando Marinho, da Orquestra do Norte, falou sobre a persistência do festival ao longo dos últimos sete anos, enfatizando o papel essencial das instituições parceiras e o apoio da Câmara Municipal, que garante a continuidade do projeto, dada a complexidade técnica e orquestral do evento.

Paulo Silva, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães, reiterou a importância do suporte institucional para a sustentabilidade do festival e realçou que o financiamento da Direção-Geral das Artes é fundamental para o seu crescimento e sucesso.

Com esta programação, o Festival de Canto Lírico de Guimarães reafirma-se como uma referência nacional para a ópera contemporânea, proporcionando ao público uma oferta artística de excelência e relevância.