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Guimarães reflete sobre desenvolvimento sustentável com 2030 no horizonte

Redação
Sociedade \ sexta-feira, abril 20, 2018
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Diversas linhas de pensamento apontaram "Guimarães 2030 para o Desenvolvimento Sustentável", todas elas no sentido de que a sustentabilidade é um caminho que se percorre lentamente. Domingos Bragança garante que esse caminho "vai continuar".

Várias individualidades e participantes convidados estiveram reunidos durante a tarde quarta-feira 18, no Centro Cultural Vila Flor, para refletir sobre a projeção de Guimarães em 2030, em termos do desenvolvimento sustentável. No encontro esteve presente Mohan Munasinghe, que presidiu ao Comité Externo de Aconselhamento da candidatura a Capital Verde Europeia 2020.

O intuito do encontro passava por produzir reflexões sobre as várias dimensões do conceito de desenvolvimento sustentável, com aplicação em Guimarães. Nesta conferência informal estiveram igualmente presentes o autarca Domingos Bragança e o Reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro.

O Nobel Mohan Munasinghe, especialista em questões do desenvolvimento sustentável, transmitiu o seu entendimento sobre como se poderá atingir, de uma forma efetiva, um desenvolvimento que seja responsável e que, ao não comprometer gerações futuras, possa ser ambientalmente sustentável.

Para Mohan Munasinghe, o trajeto faz-se através de pequenos passos, começando pela consciencialização de cada indivíduo da sua importância no sucesso no processo de transformação da sociedade em que se insere. Lembrou que o conceito de desenvolvimento sustentável resulta do equilíbrio das dimensões ambiental, económica e social e defendeu que a mudança se ferá muito pela base, pelo papel de presidentes de câmara da sociedade civil.

No dia em que se soube que Guimarães não será Capital Verde Europeia em 2020, o Reitor da Universidade do Minho realçou a importância e a responsabilidade desta classificação, como sendo “poderosa porque imprime mudanças no comportamento político que conduz a práticas que caminham no sentido de um mundo mais sustentável. Perigosa porque pode ser entendida apenas na perspetiva da obtenção de um novo galardão ou marca”.

Entretanto, Domingos Bragança assumiu que o que Guimarães fez nos últimos anos é um trajeto, sendo que 2020 era uma meta a atingir. O autarca frisou ainda que a classificação como Capital Verde Europeia não é um fim em si, tratando-se antes de “uma viagem, longa, sempre com novos desafios e dificuldades que temos de resolver".

"Por ser um caminho difícil, é motivador”, disse ainda o edil vimaranense, garantindo que “o caminho vai continuar”. Domingos Bragança já assumuiu que Guimarães voltará a apresentar candidatura a Capital Verde Europeia para 2021.