Guimarães destaca-se na joalharia e terá uma contrastaria
Responsável pelo desenvolvimento económico no concelho, Ricardo Costa informou que se notou uma subida de 5milhões de euros a nível de volume de negócios entre 2016 e 2018, subindo 37,4% enquanto que o país subiu apenas 2,2%. Também a nível de exportações Guimarães notou uma subida na ordem dos 175% em contraste com os 10,8% no país.
Face a este destaque que Guimarães tem nesta área, Ricardo Costa tem reunido com os empresários do setor no sentido de criar em Guimarães uma contrastaria, para agilizar o controlo e marcação de materiais preciosos, algo que atualmente apenas é possível fazer no Porto, Gondomar e Lisboa.
“Tenho reunido com os empresários do setor, tendo estes números percebe-se que um dos problemas é exatamente ao nível da contrastaria. A Casa da Moeda apenas presta esse serviço no Porto e em Lisboa. Sendo este concelho um dos mais importantes deste setor, obviamente que um político não pode ficar indiferente a estas questões”, aponta Ricardo Costa.
No sentido de solucionar este problema, reuniu recentemente com empresários do setor e com Gonçalo Caseiro, presidente da Imprensa Nacional - Casa da Moeda, sendo que nessa reunião ficou estabelecido o “compromisso de que essa questão será resolvida”.
A Câmara Municipal de Guimarães está disponível para ceder um espaço para a implementação da contrastaria, algo que será uma realidade a breve prazo e que irá beneficiar não só as empresas que laboram em Guimarães, mas outras nesta área, como é o caso da Póvoa de Lanhoso, que tem igualmente tradição nesta área.
“O que não pode acontecer que sempre que um empresário tem de proceder ao contraste de uma peça esteja três ou quatro horas à espera”, reforçou Ricardo Costa, sublinhando que são produzidas em Guimarães peças de grande valor comercial para marcas de renome internacional tais como Giorgio Armani ou Louis Vuitton. “Isto faz-se cá em Guimarães”, refere, dizendo que uma próxima batalha é melhorar a margem que fica nas empresas vimaranenses.