Guimarães: Câmara debate BRT e localização da estação de alta velocidade
O projeto estratégico do bus rapid tansit (BRT) voltou a estar em cima da mesa na reunião de Câmara desta segunda-feira. Ricardo Araújo, vereador da coligação Juntos por Guimarães, pediu esclarecimentos aos eleitos do Partido Socialista quanto à posição adotada sobre o projeto do BRT, após, segundo o mesmo, um dos membros do partido ter declarado à imprensa que “com eles, não haverá metrobus”, no sábado, durante um encontro organizado pela Comissão Política Concelhia do PS, liderada por Ricardo Costa, candidato socialista às próximas Autárquicas.
De acordo com o vereador, esta declaração mostra que “o presidente não tem o apoio do PS em torno deste projeto estratégico que é o BRT, um acordo consensualizado entre Braga, Guimarães e o Governo”.
Ricardo Araújo frisou a gravidade que seria o retrocesso do projeto que considera ser “o mais estratégico e relevante para o território, em termos sociais e financeiros”, salientando que, caso seja eleito, “haverá metrobus logo no primeiro mandato”. Para obter esclarecimentos, o vereador apresentará, se necessário, na próxima reunião de Câmara, uma proposta “para ter a certeza de que os eleitos do partido socialistas que estão no executivo estão de acordo”.
Em resposta, o presidente da Câmara afirmou ter como adquirido este investimento de 400 milhões no projeto do canal dedicado ao transporte público, sublinhando que este “não é um investimento municipal, mas do Estado português”.
Quanto à versatilidade do canal de transporte, outro tópico abordado e questionado pela oposição, Bragança esclarece que “o que está em negociação com o Governo e a Câmara é o BRT e não o metro ligeiro de superfície”, mas que pretende uma infraestrutura que permita a utilização dos dois modelos de metro para possíveis necessidades futuras.
O presidente da Câmara pediu ainda para a atenção estar centrada na obtenção do contrato de financiamento do projeto, que considera ser a parte mais difícil de todo o processo.
Localização da estação de alta velocidade
Em discussão esteve também a futura localização da estação de alta velocidade. A oposição considera que a estação não deve estar a noroeste de Braga, como foi definido pelo Governo anterior, mas sim no triângulo Guimarães, Braga e Famalicão, por ser a zona com maior foco populacional e empresarial.
Já Domingos Bragança frisou que a ligação a Braga é de facto fundamental para a mobilidade urbana sustentável, considerando importante que o Governo anuncie onde ficará a estação de alta velocidade.“Queremos que seja o mais perto de Guimarães (...). Escudeiros estaria bem para Guimarães, Famalicão e Braga”, afirmou o presidente.
Ainda no tema da mobilidade, tanto o presidente como a oposição concordam sobre a importância da requalificação da via-férrea de Guimarães até ao Porto.
