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Grupo Folclórico da Vila de Ponte, pela defesa da cultura popular

Alfredo Oliveira
Cultura \ quinta-feira, maio 10, 2018
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Quando Sérgio Castro Rocha foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Ponte, em setembro de 2013, uma das suas iniciativas foi promover a reativação do rancho folclórico. Em pouco menos de um mês, sob a direção de Joaquim Rocha, pai do presidente da Junta, mais precisamente a 13 de outubro desse mesmo ano, formou-se o Grupo Folclórico da Vila de Ponte (GFVP).

O Rancho Folclórico de Ponte foi formado nos anos 70 maioritariamente por trabalhadores da lavoura e da indústria têxtil. Por força do desemprego e consequente aumento da emigração, o rancho deixou de estar ativo, não existindo também uma data precisa.

Apesar de ter mudado o nome do rancho e mesmo o seu porta-estandarte, Joaquim Rocha, no sentido de homenagear todos os que passaram pelo anterior rancho, deu continuidade às edições do festival folclórico organizado na vila pelo seu antecessor. Assim, o próximo festival, a decorrer a 24 de junho, dia de S. João, padroeiro da vila, será a 19ª edição e terá como convidados, o Rancho das Ceifeiras da Gafanha de Encarnação (Ílhavo), da Póvoa de Lanhoso e da Casa do Povo de Arões.

Composto por cerca de 42 elementos, apresenta um conjunto de trajes desde o das lavadeiras, do Campo, o do rico, o do pobre e o do fidalgo e ainda o domingueiro. Em cima do palco, o GFVP tem quatro quadras (oito homens e oito mulheres), que “assentam perfeitamente, para as pessoas poderem admirar a dança e os próprios trajes de uma forma como deve ser”, diz Joaquim Rocha.

Os instrumentos são os característicos deste tipo de música, desde as concertinas, o violão, o cavaquinho, as castanholas, o tambor, os ferrinhos, o reco-reco e os matrecos. O diretor e também músico do rancho de Ponte gostaria de acrescentar o “pífaro” tradicional, “de cana, que se aprendia na escola primária”.

Lançou um CD em 2015 composto por doze modas que representam a vila de Ponte e a terra onde está inserida: “Desde o início que sempre defendi que o rancho deveria dançar e cantar o tradicional da nossa terra, do Baixo Minho. Xulas, Vareiras e Malhões como faziam os nossos antepassados”.

O Grupo Folclórico da Vila de Ponte é outro dos ranchos do concelho que decidiu não estar filiado na Federação Portuguesa de Folclore. A maioria dos seus elementos decidiu assim e Joaquim Rocha compreende que os elementos do rancho não queiram estar obrigados a determinadas normas da federação. No entanto, é crítico pelo posicionamento de alguns ranchos sobre este assunto, mais precisamente sobre o “excesso de vaidade e de superioridade de alguns ranchos federados em relação aos não federados”, chegando a acontecer, como refere, alguns desses ranchos “recusarem participar em festivais folclóricos organizados por grupos não federados”.

Leia o artigo completo no jornal Reflexo de maio de 2018.