Grupo de voluntários taipenses põem "Mãos à Obra" em ação de recolha de lixo
O que está na origem deste movimento?
O movimento "Mãos à Obra" começou quando a jovem Inês Durão partilhou, no Twitter, o interesse e a importância da preservação do Ambiente e de como, se todos ajudássemos a limpar Portugal, conseguíamos fazer diferença no Ambiente. A conta tem mais de 60.000 seguidores e devido a esse grande número conseguiu chagar a muita gente, que concordou com a ideia, decidindo-se criar o projeto que se vai realizar dia 22 de setembro.
Que tipo de resíduos vão recolher e o que farão ao lixo que for recolhido?
Iremos separar os resíduos em cinco grupos: plásticos, metais, vidros, papéis e beatas. Esse lixo, mais tarde, será todo reunido e enviado para o ecocentro mais próximo da nossa zona de atuação. As beatas ainda estamos a tentar arranjar uma solução, mas em princípio irão para o Laboratório da Paisagem de Guimarães.
Alguma pessoas dizem que o trabalho que se propõem fazer é tarefa dos varredores. Quer explicar em que medida este trabalho voluntário é diferente do trabalho efetuado pelos profissionais de limpeza urbana?
Enquanto que os varredores não fazem a separação dos diferentes resíduos, nós teremos essa atenção. Sendo naturais da zona onde vamos atuar, teremos especial atenção em locais cuja importância é mais significativa, estando normalmente com mais lixo, dando destaque a locais que não são abrangidos pelos varredores.
Qual a importância destes movimentos liderados por jovens, do qual a mais mediática talvez seja o de Greta Thunberg?
Este tipo de eventos liderados por jovens são importantes pois mostra à humanidade que os jovens também estão prontos para lutar pela sua casa. Rejeita um pouco o estereótipo de que os jovens são preguiçosos e desinteressados com os problemas maiores. Deste modo, para além de querermos limpar, também queremos gerar impacto, "abrir os olhos" às pessoas que se importam menos com o planeta, e que acham que a limpeza das ruas se destina a profissionais e por isso não se preocupam com o lixo que deitam para o chão. Queremos mostrar que o aquecimento global é uma realidade e se todos estivermos envolvidos poderemos contribuir para esta causa, salvando o planeta e mudar mentalidades.
O que motivou a Bárbara para integrar esta rede?
Decidi integrar esta rede porque o local onde vivo não tinha ainda representante e mesmo que pareça que as Taipas não é um local poluído, há sempre algum lixo pelo chão e pelo parque. O que mais me chamou à atenção no projeto, foi o desafio de apanhar o máximo de pontas de cigarro da zona. Depois de prestar atenção, reparei que não há uma rua que não tivesse beatas e assim decidi organizar também o projeto nas Taipas em conjunto com o resto de Portugal.
Quantos elementos tem o grupo das Taipas?
Até agora o grupo das Taipas tem 142 membros. Mas esperamos ter mais membros até dia 22, sendo que a participação estende-se não só para os habitantes das Taipas mas também para as freguesias à volta.
Qual é o objetivo a que se propõem no dia 22 de setembro, qual será a área de atuação?
Temos como objetivo limpar o máximo lixo das ruas e das matas, tendo como principais áreas de atuação os parques, as ruas das escolas e o máximo de áreas que conseguirmos, daí a importância de uma maior adesão ao projeto.
Quem se quiser juntar ao grupo o que tem de fazer?
Quem se quiser se juntar ao projeto, apenas tem que entrar no Facebook e registar-se como membro do grupo "Mãos à obra" -Taipas ou se não tiver Facebook basta aparecer no dia 22 de setembro no recinto da feira e dirigir-se quem estiver identificado como "representante".