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Greve dos professores coloca milhares de alunos sem aulas

Manuel António Silva
Sociedade \ quarta-feira, novembro 15, 2017
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A greve nacional dos professores e educadores que se realiza esta quarta-feira, 15 de novembro, está a ter uma adesão muito elevada. São milhares os alunos do ensino pré-escolar ao secundário que hoje estão sem aulas. (Em atualização)

No Agrupamento de Escolas das Taipas a greve está a ter menos impacto no ensino pré-escolar e no 1.º ciclo onde, dos 42 professores que deveriam estar ao serviço, se apresentaram para trabalhar 26. Nos restantes ciclos de ensino, 2.º e 3.º ciclos, a adesão à greve é de praticamente 100%. Dos 16 professores que deviam estar ao serviço no 2º ciclo e dos 32 do 3.º ciclo, apenas compareceu ao serviço um, por cada ciclo de ensino.

Uma adesão à greve que, segundo Mário Rodrigues, Diretor do Agrupamento de Escolas das Taipas “há muito não se verificava”.

Em Briteiros, o cenário é praticamente o mesmo. No pré-escolar, a adesão é de 100%, enquanto no 1.º ciclo, apenas 4 professores se apresentaram ao serviço, dos 18 que deviam estar a trabalhar. Na sede do agrupamento, onde funcionam o 2.º e 3.º ciclos, os alunos estão praticamente sem aulas. Estão 23 professores em greve, estando apenas 11 a trabalhar.

Em Ponte, apesar de não termos ainda conseguido recolher números exatos, sabe-se que a Escola sede do Agrupamento está encerrada e que o Centro Escolar daquele agrupamento está a funcionar com muitas limitações. Na globalidade, Artur Monteiro, diretor do Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso, estima que o agrupamento esteja a funcionar a 10% da sua capacidade.

Na Escola Secundária das Taipas, a adesão à greve é de 38%. Um número que, estando abaixo do registado noutros estabelecimentos escolares no dia de hoje, tendo e conta o historial desta escola neste tipo de ações, pode considerar-se muito elevado, como nos confirmou José Augusto Araújo, diretor da Escola Secundária das Taipas.

A greve dos professores que hoje se cumpre tem a ver com o a discordância dos professores com o previsto na proposta do Orçamento de Estado para 2018, que hoje se discute no Parlamento, e que sugere não ser contabilizado o trabalho destes, realizado durante os mais de nove anos em que salários e progressão na carreira estiveram congelados.