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Forças políticas do concelho defendem que o Vitória e Guimarães não são racistas

Redação
Sociedade \ terça-feira, fevereiro 18, 2020
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Na sequência do incidente com Marega, jogador que abandonou o relvado no embate entre o Vitória e o Porto alegando ter sido vítima de insultos racistas, as principais as forças políticas vimaranenses pronunciaram-se esta terça-feira sobre o assunto, defendendo que Guimarães não é uma cidade racista.

Domingos Bragança, presidente do município, falou aos jornalistas à margem de um evento promovido pela Câmara Municipal de Guimarães, onde frisou que tal incidente “não expressa o que são os vimaranenses”, defendendo que "Guimarães é uma cidade inclusiva, multirracial e multicultural tal como os vimaranenses”, disse, complementando: “O que desejo é que o futebol seja uma festa e que o Vitória prossiga o seu caminho com sucesso sempre norteado por valores universais”.

Na sua página de Facebook, o líder do Partido Social Democrata (PSD), Bruno Fernandes, pediu para não se confundir a árvore com a floresta. “O Vitória e os Vimaranenses já deram provas suficientes do seu humanismo e acima de tudo da sua dimensão social e cultural. Não precisamos de lições nesta matéria, bem pelo contrário. Tentar colar um rótulo de racismo na instituição e no concelho é tão condenável como os atos que agora se contestam. Deve imperar o bom senso que tem faltado na análise a este acontecimento”, atirou.

Já o CDS emitiu um comunicado assinado pelo líder da Comissão Política, Rui Correia, defendendo que “Guimarães sempre foi uma terra que bem recebeu, que sempre integrou quem cá chegou e nunca deixou ninguém para trás”. “A perigosa generalização, feita por grande parte da imprensa nacional, está a tornar um conjunto de cidadãos honestos, trabalhadores e que sabem receber, em vândalos intolerantes”, pode ler-se, constando no último ponto que “os vimaranenses não são nem nunca foram racistas”.

Na sua página oficial o Vitória mostrou “total disponibilidade para colaborar ativamente na identificação dos verdadeiros responsáveis pela ocorrência de qualquer manifestação de racismo ou discriminação no Estádio D. Afonso Henriques”.

Na mesma nota o clube diz que “não é admissível pretender que o VITÓRIA SC vista a pele de lobo defronte um problema social que já conheceu condenações efetivas no plano desportivo nacional e internacional, contando embora com o silêncio e a parcimónia de todos os órgãos e entidades que agora prontamente se pronunciaram”.

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol anunciou que foi aberto um processo disciplinar ao Vitória e pediu igualmente o relatório policial do jogo.