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Festivais Gil Vicente regressam em junho, com duas estreias absolutas

Tiago Dias
Cultura \ quarta-feira, maio 18, 2022
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As encenações de Diogo Freitas e de Sara Inês Gigante, dois criadores minhotos, sobem pela primeira vez ao palco, nos dois primeiros dias da mostra de teatro, que se estende até dia 11.

Em Guimarães, Junho é de novo mês em que as pulsações do teatro aceleram ao ritmo dos Festivais Gil Vicente. Organizada pela Oficina, com o apoio do Círculo de Arte e Recreio (CAR), a 34.ª edição da mostra estende-se de 02 a 11 de junho, com seis espetáculos, dois deles pela primeira vez em palco.

Uma dessas estreias absolutas é igualmente a peça que abre os Festivais: Tratado, a Constituição Universal, peça de Diogo Freitas, encenador de Vila Nova de Famalicão, que sugere “uma nova organização a partir de um dispositivo que convida as cidadãs e os cidadãos a votarem num regime à sua escolha”, esclareceu o diretor artístico, Rui Torrinha, na conferência de imprensa de apresentação do cartaz.

A outra criação que se vai mostrar pela primeira vez ao público é Massa mãe, da vianense Sara Inês Gigante, finalista, em 2021, da quarta edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, iniciativa de apoio a jovens criadores da Oficina, do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, do Teatro Viriato, em Viseu, e do Espaço do Tempo, associação de Montemor-o-Novo, no Alentejo. Essa obra explora as tradições do Minho, a “forma como elas representam” os seus habitantes e “definem a sua identidade”, acrescentou Rui Torrinha.

O cartaz inclui ainda O Limbo, espetáculo sobre “diferença” e “colonialismo” de Victor de Oliveira, encenador moçambicano residente em Paris (04 de junho), O Desprezo, inspirado no filme homónimo de 1963, por Jean-Luc Godard (09 de junho), Another Rose, criação de Sofia Santos Silva sobre “emancipação da mulher em diálogo entre ocidente e oriente”, vencedora da Bolsa Amélia Rey Colaço (10 de junho), e Ainda Marianas (11 de junho), peça de Catarina Rôlo Salgueiro, de Leonor Buescu e do coletivo Os Possessos, baseado nas Novas Cartas Portuguesas, escritas, em 1972, por Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, um ano depois levadas a tribunal pelo Estado Novo.  

O bilhete geral para os espetáculos custa 30 euros, estando ainda disponível um passe de 15 euros para três espetáculos. Com um orçamento de 55.000 euros, os Festivais Gil Vicente são organizados pela Oficina e pelo Círculo de Arte e Recreio (CAR), associação fundadora.

 

Cartaz

Tratado, a Constituição Universal – 02 de junho (21h30, Centro Cultural Vila Flor)

Massa Mãe – 03 de junho (21h30, Centro Cultural Vila Flor)

O Limbo – 04 de junho (21h30, Centro Internacional das Artes José de Guimarães)

O Desprezo – 09 de junho (21h30, Centro Cultural Vila Flor)

Another Rose – 10 de junho (21h30, Centro Cultural Vila Flor)

Ainda Marianas – 11 de junho (21h30, Centro Internacional das Artes José de Guimarães)