Festas de 2006 motivam troca de insinuações na assembleia
As contas das festas de S. Pedro de 2006 voltaram a aquecer o debate desta assembleia.
Após interrupção da 2.ª sessão ordinária da Assembleia de Freguesia, no passado dia 12 de Julho, pelo facto de a Junta não ter apresentado documentação necessária dentro do prazo estipulado por lei, esta retomou os trabalhos no dia 17, pelas 21.30h. As graves insuficiências do Centro de Saúde das Taipas preocupam a Junta e, de uma maneira quase unânime, a Assembleia de Freguesia. As contas das festas de S. Pedro de 2006 voltaram a aquecer o debate desta assembleia.
Na próxima edição do jornal Reflexo poderá, de uma forma mais pormenorizada, tomar conhecimento daquilo que foi tratado e dito nesta assembleia. Deixamos-lhe aqui muito sucintamente o resultado das votações nos quatro pontos que ficaram por discutir
Apreciação da actividade da Junta de freguesia bem como da situação financeira da freguesia
Este documento, que não era de votação mas de mero conhecimento para debate, mereceu fortes críticas do PS bem como da CDU com tónica na inabilidade do presidente da Junta em construir uma relação com a Câmara Municipal de Guimarães.
Ainda neste ponto, voltaram à baila, pela negativa, as contas das festas de S. Pedro 2006, com a troca de galhardetes e insinuações entre PS e Junta de Freguesia que levaram mesmo o líder da bancada socialista, José Luís Oliveira, a pedir cópia da gravação desta assembleia para provavelmente intentar processo contra o tesoureiro da Junta, Armando Marques, por insinuações e injúrias segundo o deputado socialista.
Apreciação do inventário de todos os bens, direitos e obrigações patrimoniais da freguesia e respectiva avaliação
Este ponto teve um episódio caricato que obrigou a não ser considerada a primeira votação que resultou na abstenção de todos os deputados presentes nesta assembleia. Isto resultou, em parte, pelo facto do presidente da Assembleia de Freguesia, Manuel Ribeiro, considerar que este documento continuava incompleto, em relação aos bens imóveis da freguesia e numa atitude de coerência com as várias chamadas de atenção por si no último mandato, não podia deixar passar em claro esta situação. Este ponto acabou por ser retirado da ordem de trabalhos para, na próxima assembleia de freguesia, o executivo reapresentar o documento com as correcções necessárias.
1.ª Revisão orçamental de 2007
Este ponto foi aprovado com os votos do PSD e CDU tendo o PS votado contra. Essencialmente, o PS votou contra por considerar pouco claro o reforço de 14.007 euros, verba que estava no cofre das festas de S. Pedro de 2006 e agora serve para reforço do orçamento de 2007.
Alteração da postura de trânsito
Mereceu aprovação por unanimidade a alteração dos sentidos de circulação dos veículos nas ruas de acesso ao loteamento do Pinhel.
Alteração do valor de taxas praticadas pela Junta
Relativamente a este ponto, que não constava na ordem de trabalhos, foi primeiramente aprovada a sua inserção de acordo com o que a lei prevê e depois aprovado o seu conteúdo, por unanimidade, e que visava a redução da taxa aplicada de 268 euros, para 10,75 euros, nas transferências de bens entre cônjuges e familiares de primeiro grau que exerçam a mesma actividade profissional.
Ficou mais uma vez patente que o ambiente entre alguns deputados do PS e a Junta de Freguesia é de "cortar à faca", pouco recomendável e no limiar do ridículo. É questionável, a continuar assim, se estes intervenientes são credíveis de respeito pelo órgão de soberania desta vila.
Texto: José Henrique Cunha