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Falta habitação a norte do concelho para o Avepark crescer, diz a oposição

Pedro C. Esteves
Economia \ quinta-feira, outubro 13, 2022
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Na reunião de câmara realizada no Avepark, a coligação Juntos por Guimarães diz que há pouca oferta na zona das Taipas. Bragança diz que haverá condições financeiras para a residência universitária.

A coligação Juntos por Guimarães diz que há falta de oferta de habitação na zona de envolvência da vila de Caldas das Taipas, o que prejudica a capacidade do concelho em captar empresas, trabalhadores e estudantes para junto do Avepark.

Numa reunião descentralizada realizada no Parque de Ciência e Tecnologia, que colocou os holofote no que melhor se faz na área da produção de conhecimento, Ricardo Araújo aludiu à “dificuldades dos alunos do IPCA” – cujo polo no parque a norte do concelho acolheu mais 196 alunos para este ano letivo – “em aceder” a quartos.

A construção de uma residência universitária em pleno Parque de Ciência e Tecnologia podia ajudar a mitigar a falta de acesso, mas, apesar de aprovada, a residência não vai avançar já porque o fundo europeu de 375 milhões de euros destinado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não é suficiente para a construção de todas as obras que tinham recebido inicialmente luz verde.

“Nós candidatamos a residência, ela foi elegível e foi eleita para financiamento no âmbito do PRR, não tem verbas do Governo – para já. O que foi dito pelo Governo em reuniões públicas é que iria reforçar a dotação no âmbito do PRR para todas as residências de estudantes elegidas. Consideramos que a nossa também vai ter condições financeiras para executar residência no Avepark”, disse Domingos Bragança, à margem da reunião.

O presidente da Câmara Municipal de Guimarães frisou ainda que no Plano Diretor Municipal (PDM) a ser trabalhado está a ser salvaguardada a ampliação dos parques industriais – neste caso, do Avepark e da Gandra – e que os arrabaldes destas zonas devem ser ocupados por zonas de moradia. “Estamos a trabalhar um novo conceito, de combate ao de que onde há indústria não deve haver habitação. A proximidade é necessária”, ressalvou. Com a devida “distância”, esta aproximação é também forma de combate à pegada ecológica, expmplificou. Esta metodologia aplicar-se-á a estes parques e a todos os outros, como o novo parque industrial do sul do concelho.

A ciência e a produção de conhecimento marcou grande parte das intervenções. Ricardo Araújo destacou algum do trabalho feito, mas ressalvou que é preciso que o conhecimento “seja incorporado na comunidade”. O social democrata disse ainda que o Avepark é “uma boa ideia, muito mal executada ao longos dos anos”, cujos objetivos delineados ainda não foram cumpridos: “Em 2010 o objetivo era ter mais de 100 empresas, com mais de 4000 postos de trabalho. Estamos muito longe”. “Este processo tem mais de 20 anos, sendo que o espaço foi inaugurado em 2008. O PSD sempre se bateu para que o sucesso tinha de ter acessibilidade rápida ao centro da cidade, às principais ligações ferroviárias. O PS nunca deu atenção a essa necessidade. Passados 20 anos continuamos a não ter a acessibilidade que merece. É um erro”, frisou.