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Esgotos são despejados na Ribeira da Agrela

Paulo Dumas
Freguesias \ sexta-feira, setembro 07, 2007
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Na Ribeira da Agrela, dois esgotos domésticos estão a deixar os moradores das Fontaínhas desesperados.

Uma situação que se arrasta desde 2005 e que se não for resolvida deverá originar manifestações populares.

Duas descargas de esgoto doméstico, na Ribeira da Agrela, junto ao Beco das Fontaínhas, está a desesperar os moradores locais, que se batem contra esta situação desde Setembro de 2005 altura em que se juntaram mais de 1100 assinaturas num abaixo-assinado.

Naquela altura o deputado comunista Agostinho Lopes chegou a expor o problema na Assembleia da República. Uma decisão parlamentar atribuiu à Vimagua o dever de resolver as descargas de esgoto naquele afluente do Rio Ave.

José Vilaça, 52 anos e morador da Rua das Fontaínhas, tem-se debruçado sobre este problema e garante que toda a população do local está farta dos maus cheiros que as condutas deixam no ar ao lançar o esgoto na Agrela. Nos dias de maior calor o cheiro chega ser insuportável.

As duas descargas ficam situadas a cerca de 150 metros uma da outra. Uma fica no alinhamento do prédio do Montinho. A segunda, mais a montante, descarrega os esgotos provenientes da Rua das Fontaínhas.

Os moradores do local manifestar-se-ão nas ruas se nada for feito. José Vilaça diz já ter apresentado queixa no SEPNA (os serviços da GNR incumbidos de tratar de matérias relacionadas com atentados ao ambiente) e assegura que o presidente da Junta de Freguesia tem conhecimento da situação pelo menos desde a última campanha eleitoral.

Nos últimos meses, a Vimágua esteve no local. No entanto, testemunha José Vilaça que a única coisa que fizeram foi substituir a conduta que existia por uma outra de diâmetro mais largo. Também a Águas do Ave tem estado no local a efectuar diversas intervenções. Contudo, estes últimos apenas gerem os sistemas em alta.

José Vilaça, secundado por outros moradores, questiona de que vale querer despoluir o rio se as ribeiras continuam a ir poluídas?

Texto e foto: Paulo Dumas