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Entre baixas e contrariedades, CART vive época “aquém das expetativas”

Tiago Dias
Desporto \ sábado, junho 22, 2024
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Disposta a melhorar o nono lugar de 2022/23, a formação taipense concluiu mais uma época na 3.ª Divisão Nacional – Zona Norte A no 10.º posto.

Convencidos de que era possível fazer melhor, o treinador e o capitão lamentam algumas lesões e saídas que deixaram o plantel curto. Diretor da modalidade reconhece “ilações a tirar”.

O CART até se despediu da pista com uma vitória caseira perante o Famalicense B (12-7), mas os três pontos conquistados na 30.ª e última jornada da 3.ª Divisão – Zona Norte A foram insuficientes para elevar uma temporada que ficou abaixo das duas anteriores: depois dos 37 pontos de 2021/22, a valerem o quinto lugar, e dos 33 pontos que ditaram a nona posição em 2022/23, a formação taipense concluiu a época 2023/24 com 26 pontos em 28 jornadas, no 10.º posto.

Apostado em superar a classificação de 2022/23, Orlando Ribeiro assume que a equipa esteve abaixo das suas capacidades e ambições. "A época ficou um bocadinho aquém das nossas expetativas. Foi uma época extremamente difícil. Perdemos atletas a meio da época. Tivemos uma época atípica em termos de lesões”, resume o treinador, de regresso ao ativo em pleno, após se ausentar do comando técnico na maior parte da época transata.

Ao leme de um plantel construído mediante “as condições que o clube poderia proporcionar”, recheado de atletas que “conheciam a casa”, o técnico lamentou as saídas de Vítor Salgado e de João Pedro Fernandes a meio da época, bem como as paragens de elementos como Rodrigo Ferreira, autor de três golos no derradeiro jogo da época. “Não conseguimos um treino conjunto com todos os atletas há cinco meses. O grupo ficou muito curto para treinar com qualidade. É evidente que isso nos tira competência e intensidade”, realça o timoneiro de 47 anos.

Além de corroborar o testemunho de Orlando Ribeiro, o capitão Alberto Martinho crê que a “falta de calma e até de confiança” em jogos “bastante renhidos”, perdidos pelo CART no final, também explicam uma época insatisfatória com ocasionais “momentos bons”. “Os resultados não foram aparecendo e a equipa foi ficando cada vez mais nervosa. Cada vez tivemos mais dificuldades em lidar com situações adversas”, admite.

Apesar das baixas que desfalcaram o plantel e da pontual “falta de sorte”, o diretor do hóquei admite que é preciso refletir sobre “o passo a dar na próxima época”. “Há muitas ilações a tirar. Estas duas últimas épocas servem para perceber o que queremos para o futuro”, vincou António Lima Pereira.

[ndr] artigo originalmente publicado na edição de junho do Jornal Reflexo.