Enfermeiros cumprem segundo dia de greve no hospital de Guimarães
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) convocou uma greve que está em vigor desde ontem, no Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães.
Os enfermeiros querem alertar para o facto de o corpo de enfermagem não ser em número suficiente e que a cobertura dos cuidados de enfermagem entrará em rotura, quando estes profissionais passarem a ter um horário de 35 horas semanais.
A greve foi convocada para os dias 13 e 14 de junho, para todos os turnos. Os enfermeiros defendem que sejam admitidos mais enfermeiros para o hospital.
De acordo com números apresentados pelo SEP, com a passagem do horário para 35 horas semanais, seria necessário contratar 52 enfermeiros. Fazendo referência a dados da Administração Central do Sistema de Saúde, havia em abril deste ano 620 enfermeiros - menos quatro do que no início de 2018.
Além do reforço do número de enfermeiros no hospital de Guimarães, o sindicato debate-se pela aplicação da legislação e do regulamento de horários, o descongelamento das progressões e a atribuição do suplemento remuneratório a todos os especialistas.
Numa conferência de imprensa realizada quarta-feira 14, a responsável sindical Guadalupe Simões reforçou a ideia de que a "falta estrutural de enfermeiros" que se verifica naquela unidade hospitalar irá ser agravada quando as 35 horas entrarem em vigor, a partir de 1 de julho.