Em “época de contrariedades”, campeonato do CD Ponte “visto como positivo”
Bruno Alves aponta “época de contrariedades” para considerar o trabalho desenvolvido como positivo.
A versão 2023/2024 do Clube Desportivo de Ponte “acabou por fazer uma época positiva” no olhar em retrospetiva do técnico Bruno Alves. Na hora de fazer um balanço, regista “uma época de contrariedades”. Após uma temporada de sonho em que andou pelos lugares da frente da tabela classificativa, ainda que num modelo competitivo diferente, há um ponto prévio: “Houve constantemente a comparação do Ponte do ano passado com o Ponte deste ano. Quando não poderia acontecer”, reflete o treinador. “O Ponte do ano passado tinha um orçamento superior e uma equipa completamente diferente da que teve neste ano”, atira. Recorde-se que o CD Ponte foi convidado a participar no Campeonato de Portugal, algo que seria inédito, mas acabou por abdicar dessa realidade, até porque o seu campo de jogos não reúne as condições necessárias.
O oitavo lugar no Pró-Nacional, com 52 pontos, acaba por “ser uma época positiva, tendo em conta as contrariedades que tivemos”, analisa o técnico, apontando fragilidades no plantel. “Tivemos um plantel, desde início, incompleto: não tivemos um ponta de lança de raiz que conseguisse assumir a titularidade. Foi uma posição com muitas dificuldades e quem acabou por colmatar essas dificuldades foi um extremo. Tivemos uma época sem quatro centrais, algo que normalmente todos os clubes têm”, atira em declarações ao Reflexo. Entre entradas e saídas de jogadores com a época em curso, toda a conjetura acaba por levar a que se possa olhar de forma satisfatória para uma prestação em que não se atingiram os objetivos. “Tínhamos o objetivo inicial de ficar nos seis primeiros, mas tendo em conta todas as contrariedades acho que o campeonato só pode ser visto como positivo”, sustenta Bruno Alves, acrescentando que “é plenamente justificável” a classificação fora dos seis primeiros, pesadas todas as vicissitudes da temporada.
Questionado sobre algum possível desencanto no clube, pela não participação nas provas nacionais – o que seria inédito –, o treinador lamentou a falta de apoio em muitos jogos, notando a diferença comparativamente com a época anterior. “Não sei se poderei dizer desencanto, por não se participar no Campeonato de Portugal; o que sei é que era um clube que levava sempre muita massa associativa, e o que é certo é que não tivemos isso”, considera o treinador. “Houve um afastar dos adeptos para com a equipa e isso sentiu-se. Não tivemos uma massa associativa como nos anos anteriores a acompanhar o clube, com exceção de alguns jogos; em muitas situações em casa, tivemos mais gente de fora do que da casa”, termina o treinador.